Os bons resultados policiais

Correio Popular - Campinas - Terça-feira, 23 de novembro de 2004

ter, 23/11/2004 - 9h39 | Do Portal do Governo

Já dão sinais positivos os resultados do empenho das polícias Militar e Civil no combate, por ações integradas, a vários tipos de crime. Há uma semana não ocorre homicídio em Campinas

Editorial

A notícia não é banal, mas é seguramente estimulante para todos quantos se dedicam à diminuição da violência, em Campinas: há uma semana não ocorre assassinato no município.

Como estamos mostrando nesta edição, o último fim de semana passou sem que tivesse havido homicídio (considerando-se o período das 18h de sexta-feira até as 9h de ontem). Dado que a Polícia de Campinas não registrava assassinatos desde a noite de terça-feira passada, isso quer dizer que agora já é praticamente de uma semana, o tempo decorrido sem ocorrência desse tipo de crime.

Isso significa que já começam a dar resultados positivos o empenho e a continuidade das polícias Civil e Militar na realização de ações conjuntas, mediante planejamento integrado, principalmente para deter a onda de latrocínios, que há três ou quatro semanas vinha provocando fortes reações da população.

Lembre-se que, interpretando a apreensão que tomava conta do cidadão campineiro, registrávamos neste espaço, dia 6 de novembro último, a necessidade de ambas as polícias se articularem fortemente, para combater os latrocínios (roubos seguidos de morte). No mesmo comentário registrávamos que as autoridades regionais de ambos os órgãos policiais entendiam imperativa a ação conjugada e integrada de suas equipes. O trabalho conjunto, conforme a cúpula das polícias, já tinha sido iniciado na semana anterior, mas dali em diante as ações seriam mais intensas.

Na oportunidade, lembrávamos que três dias antes tínhamos publicado estatística da Secretaria de Estado da Segurança Pública relativa aos três primeiros trimestres de 2004. Os resultados podiam ser considerados bons, comparados com os primeiros nove meses de 2003.

Dado que, em Campinas (cidade que atrai bandidos exatamente por sua consistência econômica) o problema específico do latrocínio assoberbava, a sociedade civil reagiu de forma a que as polícias intensificassem o combate e deflagrassem uma guerra sem tréguas, para diminuir ou acabar com o roubo seguido de morte.

Agora, como constatamos, faz uma semana que não ocorrem nem latrocínio nem qualquer outro tipo de homicídio, no território do município. Certamente as blitze articuladas e um trabalho preventivo (desarmamento, por exemplo, em ruas e avenidas da cidade) além de varejamento de locais normalmente freqüentados por narcotraficantes e variados tipos de marginais, fizeram deter a onda de latrocínios.

Na oportunidade do início mais abrangente das ações policiais articuladas, lembrávamos que o trabalho não poderia esmorecer, e “os esforços contra o crime e a violência têm que ser constantes, rotineiros”. Ou seja: trata-se de uma guerra que deve ser persistente, e não se intensificar apenas quando algum tipo de crime causa comoção pública, ampliando a sensação de insegurança.

Passados quase trinta dias dessa decisão da cúpula das polícias, no sentido de implementar ações articuladas para diminuir a estatística de assassinatos, em Campinas, vê-se que os resultados já são significativos. A boa notícia (uma semana sem homicídio) é estimulante.