Pelo segundo dia consecutivo, auditores da Receita Federal e fiscais da Secretaria da Fazenda de São Paulo apreenderam cerca de R$ 1,2 milhão em mercadorias trazidas ao país irregularmente (importadas sem o pagamento de impostos) ou vendidas sem nota fiscal.
Foram alvo ontem da Operação Descaminho -iniciada na quarta-feira e que deve ter continuidade no próximo mês- 10 dos cerca de 500 boxes instalados no shopping 25 de Março, na região central de São Paulo.
O estabelecimento já foi alvo de inúmeras ações fiscais da Receita Federal e da Fazenda paulista. A maior dessas ações ocorreu há cinco anos, quando 1.300 fiscais e policiais federais apreenderam cinco caminhões de mercadorias irregulares e falsificadas.
Na ação de ontem, foram recolhidas pelos fiscais 64 caixas (com capacidade de 40 kg cada) -26 delas eram de perfumes, avaliados em pelo menos R$ 600 mil e recolhidos de um único lojista do local. A partir deste mês, os fiscais decidiram mudar de tática e realizar operações de menor porte, mais frequentes e que criem insegurança nos lojistas que vendem produtos irregulares.
A exemplo do que ocorreu na quarta-feira na Galeria São Paulo (Santa Ifigênia), fiscais e policiais vestidos à paisana se dividiram ontem em equipes -formadas por um auditor da Receita, um fiscal da Fazenda e um policial militar- para abordar os lojistas fingindo ser consumidores. Passados cerca de dez minutos, os demais fiscais chegaram ao local e anunciaram a operação.
“Quando os lojistas perceberam a presença dos fiscais, fecharam simultaneamente os boxes na tentativa de evitar a ação”, diz Antônio Carlos de Moura Campos, diretor-adjunto da Deat (Diretoria Executiva da Administração Tributária) da Secretaria da Fazenda.
A reportagem procurou os administradores do local e o advogado do shopping e não obteve retorno até o fechamento desta edição.
