Folha de S.Paulo
Começa a funcionar hoje, com a operação de uma paciente com câncer de mama, o centro cirúrgico do Icesp (Instituto do Câncer do Estado de São Paulo Octavio Frias de Oliveira). A primeira sala foi inaugurada ontem, e a previsão é que, até o fim deste ano, mais duas fiquem prontas -e que todas as 22 estejam equipadas até 2010.
Além de sistema informatizado com os dados do paciente, as salas têm monitores que transmitem a cirurgia a outros locais do prédio. A maior parte dos equipamentos ficam suspensos. “Isso facilita a circulação da equipe e o acesso ao paciente”, diz Giovanni Cerri, diretor-geral do Icesp.
Inédito no país, um sistema alemão de rastreamento de materiais permite monitorar os instrumentos, identificados com códigos de barras. Estima-se que ao menos 400 peças sejam extraviadas por mês em instituições com muitas cirurgias.
Dentro do projeto de humanização do hospital, haverá um ambulatório pré-cirurgia para reduzir a ansiedade dos pacientes e uma “área de conforto” para as famílias esperarem.
Cada sala cirúrgica custará cerca de R$ 2,5 milhões, pagos pelo governo do Estado. “A partir de agora, começará a migração de pacientes que tinham que passar por cirurgia no Hospital das Clínicas da USP para o instituto. No fim de 2009, passarão a ser feitas 1.600 cirurgias por mês”, disse o secretário de Estado da Saúde, Luiz Roberto Barradas Barata.
Inaugurado em maio, o hospital está abrindo suas unidades gradativamente. Hoje, oferece ambulatório, internação, quimioterapia, pronto-atendimento e UTI. A última etapa será inaugurar a área de diagnósticos e radioterapia, provavelmente em meados de 2009.
