ONG dá prêmio a bons policiais de SP

O Estado de S. Paulo - Quinta-feira, 12 de fevereiro de 2004

qui, 12/02/2004 - 8h56 | Do Portal do Governo

Delegado que criou grupo de capoeira em favela é um dos 38 homenageados

MAURO MUG

A favela da Rua Zurrilho era um dos locais de maior violência do bairro A.E. Carvalho, zona leste. O delegado Marco Antônio Cicone, então titular do 64.º Distrito Policial, decidiu criar um núcleo para ensinar capoeira aos jovens. Todos os sábados, cedia um professor e roupas às crianças e adolescentes. Depois, foram criados mais quatro centros, atendendo 300 pessoas.

Em parceria com 22 escolas, ele elaborou concurso para a grafitagem da delegacia. Além disso, mantinha, com delegados e investigadores, reuniões com os moradores para ouvir reivindicações. Também realizou o 1.º Passeio Pedalando pela Paz, que reuniu 4 mil participantes. Com isso, conseguiu reduzir em 18% as taxas de homicídios, 8% de furto de veículos e 7% de roubo de veículos.

Por esse trabalho, Cicone vai receber hoje o Prêmio Polícia Cidadã 2003, do Instituto Sou da Paz. Outros 37 policiais militares, civis e técnico-científicos vão ganhar R$ 6 mil ou bolsas de estudo na Universidade São Marcos. ‘A premiação é um reconhecimento público do bom policial’, disse Luciana Guimarães, do Sou da Paz. Os premiados integram o policiamento comunitário na Favela Pantanal, Programa Bem-me-quer, Programa Educar para a Paz, Disque-Denúncia e Delegacia Mulher-Centro, entre outros.