Onde fazer análises de plantas

O Estado de S.Paulo - Quarta-feira, 5 de março de 2008

qua, 05/03/2008 - 10h53 | Do Portal do Governo

O Estado de S.Paulo

Para enviar amostras de plantas doentes para análise é preciso manuseá-las adequadamente, para que o material chegue em boas condições ao laboratório. Do bom estado da amostra dependerá a rapidez do resultado. A primeira recomendação é enviar a amostra o mais rápido possível’, diz a diretora do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Fitossanidade, do Instituto Agronômico (IAC), Margarida Fumiko Ito. ‘Recomenda-se coletar plantas que apresentem sintomas iniciais e intermediários da doença. Em plantas com sintomas avançados pode haver o desenvolvimento de microrganismos secundários, o que pode mascarar o agente causador da doença.’ A embalagem deve ser de papel, para permitir a transpiração do material. O serviço custa R$ 50 por amostra.

A identificação da amostra também é fundamental. No Instituto Biológico (IB), da Secretaria de Agricultura paulista, deve-se informar o nome científico e/ou popular da planta, a data e o local de coleta (sítio, fazenda, chácara, quintal, apartamento, cidade, Estado) e o hospedeiro. ‘Informações como sintomas, porcentagem de plantas afetadas, tempo de aparecimento dos sintomas e culturas próximas são essenciais. Não se deve omitir nenhum dado’, diz a diretora da Unidade Laboratorial de Referência em Fitossanidade do IB, Eliana Rivas. No IB, o preço do serviço varia de R$ 15 a R$ 40 por amostra.

Eliana diz que os materiais ideais para exame são os que apresentam início de anormalidade. Frutos, flores, folhas, ramos, raízes, bulbos, tubérculos e sementes podem ser enviados. Se não puderem ser enviadas no mesmo dia da coleta, devem ser mantidas em geladeira.

Conforme a responsável pela Clínica Fitopatológica Professor Hiroshi Kimati, da Esalq/USP, Liliane De Diana Teixeira, as plantas devem ser colocadas em sacos ou caixas de papel, acompanhadas de informações como idade da planta, variedade, tipo de irrigação, práticas culturais, descrição dos sintomas, porcentagem da área afetada, etc. ‘Não é possível analisar plantas mortas ou em estágio avançado de deterioração.’

Se não for possível enviar plantas inteiras, a dica é cortar porções de todas as partes: ramos (com flores e frutos), caule e raízes. As amostras podem ser entregues pessoalmente ou via correio. O serviço custa R$ 40 por amostra.