Obras no metrô são retomadas

SP-TV 1ª Edição - Segunda-feira, 9 de abril de 2007

seg, 09/04/2007 - 14h19 | Do Portal do Governo

Do SP-TV 1ª Edição

Hoje recomeçam os trabalhos na futura Estação Pinheiros do metrô, para investigar as causas do acidente do dia 12 de janeiro.

O Ministério Público determinou que fossem feitas obras para garantir a segurança dos técnicos que farão as perícias na cratera.

Segundo o consórcio responsável pela obra, esses trabalhos não vão criar nenhum risco para os moradores da região.

As paredes que resistiram ao maior acidente do ano permanecem de pé. Hoje as máquinas voltaram ao canteiro de obras.

O objetivo imediato não é retomar a escavação da galeria por onde os trens vão passar. Os trabalhadores foram cedidos pelo consórcio da linha quatro para atender, exclusivamente, à investigação.

“É um trabalho muito mais lento, muito mais cuidadoso. Na medida em que eles encontrem algum indício, algum material que possa ser um indício do acidente, alguma parte metálica que esteja danificada., tudo isso possibilita para que eles tenham mais dados reais sobre as possíveis causas do acidente”, diz Fábio Gandolfo, diretor do Consórcio Via Amarela.

Nos trabalhos que começam hoje, serão fincadas no entorno do buraco da futura estação pinheiros 84 estacas, a uma profundidade de 30 metros.

Elas serão revestidas de concreto para formar uma parede de proteção. Depois será retirado o material que desabou no acidente e ainda está no buraco.

Durante a escavação, serão colocados tirantes de aço na parede, para dar sustentação ao terreno.

“Os moradores podem ficar tranqüilo, pois este projeto foi revisado pelo Ministério Público, foi revisado pelo IPT, foi revisado pelo Instituto de Criminalística, tem a fiscalização do Metrô e uma execução muito controlada pelo consórcio”, afirma Sérgio Avelleda, diretor de assuntos corporativos do Metrô.

No dia 12 de janeiro, um dos túneis do metrô cedeu e levou junto parte da obra e da Rua Capri. Carros, caminhões e um microônibus foram soterrados e sete pessoas morreram.

Apesar do acompanhamento técnico, os moradores e trabalhadores da região temem o movimento no local.

“Tomara que não aconteça mais, mas a gente fica nesse imprevisto, se vai acontecer ou não”, diz um morador.

O trabalho de retirada dos escombros deve durar pelo menos seis meses. E a construção da estação pinheiros só pode recomeçar depois que as perícias ficarem prontas e o consórcio comprovar a segurança da obra.