Obra viária vai facilitar acesso a Viracopos

O Estado de S.Paulo - Terça-feira, 15 de janeiro de 2008

ter, 15/01/2008 - 13h07 | Do Portal do Governo

O Estado de S.Paulo

O dinheiro da outorga de rodovias paulistas à iniciativa privada, cerca de R$ 2,1 bilhões, será utilizado, entre outras obras, para fazer o prolongamento do Anel Viário de Campinas, ligando a Avenida Bandeirantes ao aeroporto de Viracopos. “Isso vai facilitar muito o acesso a esse aeroporto do futuro”, disse o governador José Serra.

Esse tipo de investimento porém não elimina a necessidade de se estudar a construção de um terceiro terminal em São Paulo, segundo três especialistas ouvidos ontem pelo Estado. A maior dificuldade, dizem eles, está em equacionar os entraves provocados pelos 99 quilômetros que separam o aeroporto do centro da capital.

A primeira opção, cogitada até mesmo pela presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Solange Vieira, seria interligar as duas cidades por meio de um trem de alta velocidade. “Ela diz que a viagem levaria 20 minutos, mas duvido que seja possível”, afirma o diretor da Associação Brasileira de Aviação Geral (Abag), Adalberto Febeliano. Nos anos 70, diz ele, companhias internacionais ofereceram tarifas promocionais para quem aceitasse chegar ou partir de Viracopos e a adesão foi pequena.

INSUFICIENTE

Outro entrave levantado pelo engenheiro Eno Siewerdt, especialista em sistemas de aviação, está no tamanho do sítio aeroportuário de Viracopos.

“Hoje ele é perfeito, mas, em cinco anos, o terminal será insuficiente para atender a demanda de Campinas e região. Imagine receber parte dos passageiros da capital.” A solução, segundo ele, passa por investimentos no acesso ferroviário entre o centro de São Paulo e o Aeroporto de Cumbica, e a construção de um terceiro terminal para a capital.

Favorável à ampliação de Cumbica e Viracopos, o professor Jorge Leal Medeiros, da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, vê com ressalvas a construção do terceiro aeroporto. “Seria uma alternativa a mais, mas é possível amenizar os problemas investindo no que já existe.”