Depois de arborizar e ajardinar 14,5 quilômetros das margens do Rio Pinheiros, o Projeto Pomar começa a trazer o verde de volta para a Marginal do Rio Tietê, acompanhando as obras de rebaixamento de sua calha
A cidade não poderia ter um motivo melhor para comemorar a Semana do Meio Ambiente, que começa hoje. Depois de arborizar 14,5 quilômetros das margens do Rio Pinheiros, o Projeto Pomar – que surgiu de uma iniciativa do Jornal da Tarde e conta com a parceria da Secretaria Estadual do Meio Ambiente (SMA) e empresas privadas – começa este mês a mudar o visual das margens do Rio Tietê.
Depois de ser feito um levantamento pelo Departamento de Água e Energia Elétrica (Daee) das áreas que poderiam servir para a recuperação ambiental nas margens do Rio Tietê, ficou definido que o Pomar abrangerá, neste primeiro momento, o trecho entre as Pontes da Vila Maria e da Vila Guilherme, na margem direita do Rio Tietê, na zona norte, totalizando uma área de 1,2 km.
A definição do local de implantação inicial do Pomar nas margens do Tietê foi baseada em aspectos como a largura entre a beira do rio e a pista rodoviária. No trecho escolhido, essa distância é de 30 metros, uma das mais largas da extensão da Marginal Tietê. Isso significa que, quando a obra de rebaixamento for feita na margem direita, o Pomar não será um obstáculo.
Outro aspecto é a ausência de rede aérea de transmissão de energia, que possibilitará o plantio de árvores de maior porte.
Rebaixamento da calha começa este mês
Ao definir o espaço que seria destinado ao Pomar, foi preciso levar em conta a obra de rebaixamento da calha do rio, que também deve começar este mês.
Segundo o Daee, a obra deve estar concluída em 30 meses e a extensão do Tietê será aprofundada em metade da largura, começando pela margem esquerda, no sentido Pinheiros-Penha. Por isso, a implantação do Pomar começa na margem do lado oposto.
Em 18 meses, a recuperação paisagística vai começar também do outro lado do rio.
‘O interessante é que serão feitas simultaneamente duas intervenções: o tratamento paisagístico, tornando a cidade mais bonita, e o rebaixamento da calha, que resolverá o problema das cheias’, afirma a coordenadora do Pomar, Helena Carrascosa.
‘É uma união de interesses em benefício da população paulistana. De um lado, será feito o controle da poluição e das enchentes e, de outro, será feita a recuperação do meio ambiente’, diz. Helena ainda explica que outra vantagem do Pomar no Tietê é que a cidade não precisará mais conviver com o acúmulo de entulho na beira do rio.
Várias empresas privadas já manifestaram interesse em colaborar com o Projeto Pomar no Rio Tietê. A SMA está aberta para discutir eventuais parcerias. Os interessados devem ligar para (11) 3030-6086.