O que o Lien Chi ensina a professores e alunos

Jornal da Tarde - Quinta-feira, 15 de setembro de 2005

qui, 15/09/2005 - 12h18 | Do Portal do Governo

Professores da rede estadual formaram-se ontem na prática oriental que ajuda no rendimento dos alunos

Controlar uma sala de aula, muitas vezes com mais de 30 alunos, não é tarefa fácil. Em centenas de escolas estaduais, porém, para a garotada se interessar na aula e aprender, o professor hoje em dia não dá nenhum castigo ou bronca, prefere usar a meditação.

Mais de 4.200 professores de Educação Física do Estado já aprenderam a técnica chinesa de Lien Chi, que é repassada para os alunos e demais professores da rede pública. O resultado: alunos e professores tranqüilos e rendendo mais dentro e fora da sala de aula.

Ontem, 600 professores se formaram no primeiro módulo do curso, que tem 30 horas de duração. A meditação é ensinada na rede estadual de ensino, desde 2003, por voluntários e pelo presidente da Associação de Medicina Tradicional Chinesa AMC, Jou Eel Jia.

O Lien Chi ensina os praticantes a distribuir melhor a energia pelo corpo, com movimentos que simulam o comportamento da natureza e de animais sagrados da China.

A cerimônia de formatura, ontem, na Secretaria Estadual de Educação, no Centro, teve a presença do governador Geraldo Alckmin e de sua esposa, dona Lu, que não por acaso é a madrinha do projeto. É que dona Lu e o governador são adeptos da medicina oriental.

Médico anestesista, Alckmin não só recomenda, como é paciente de tratamentos à base de acupuntura. Foi o casal, aliás, que incentivou a introdução da prática do Lien Chi nas escolas. ‘Sempre ouço os pais de alunos falando que com o Lien Chi as crianças têm brigado menos, ficado mais tranqüilas e aprendido mais na escola’, disse a primeira dama.

O governador explicou que a meditação ajuda a combater o estresse e, conseqüentemente, melhora a saúde. ‘A maioria das doenças é contraída por hábitos inadequados. Por isso, quem não faz exercício não tem saúde’.

O professor Alex Requena de Oliveira, 38 anos, de Campinas, disse que no começo enfrentou resistência dos alunos, mas agora se anima ao ver que eles pedem que a técnica seja aplicada no começo de todas aulas. ‘Eles perceberam que os benefícios são enormes’.