O Parque Várzeas do Tietê

Jornal da Tarde

ter, 28/07/2009 - 8h00 | Do Portal do Governo

Pelas suas características e dimensões, o Parque Várzeas do Tietê – o maior parque linear do mundo, com 75 quilômetros de extensão, entre Salesópolis e a Barragem da Penha, na zona leste da capital, a ser construído pelo governo do Estado em colaboração com as prefeituras de sete municípios atravessados pelo rio – será uma obra de grande importância tanto para as atividades de lazer e cultura como para a preservação do meio ambiente numa extensa área da região metropolitana que é carente de tudo isso.

O novo parque, que terá 107 quilômetros quadrados de área verde, como mostra reportagem de O Estado de S. Paulo, está orçado em R$ 1,7 bilhão e deverá estar concluído em 2016. Para a primeira etapa da obra foram reservados R$ 450 milhões e o governo já iniciou negociações com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) – cujos representantes sobrevoaram a área e elogiaram o projeto – para que participe dela.

O Várzeas do Tietê terá 33 núcleos com equipamentos de lazer, cultura, arte e esporte, sendo 7 na capital, 5 em Guarulhos, 4 em Itaquaquecetuba, 1 em Poá, 4 em Suzano, 5 em Mogi das Cruzes, 3 em Biritiba Mirim e 4 em Salesópolis. O Núcleo Vila Jacuí, por exemplo, que deverá estar pronto em janeiro do ano que vem, terá churrasqueiras, lanchonetes, telecentro de educação ambiental, playground, campo de futebol, quadra poliesportiva, pistas de bicicross e skate. Ao todo, os 33 núcleos contarão com 67 campos de futebol e 129 quadras poliesportivas.

Outros pontos importantes do projeto são a construção de uma ciclovia de 230 km ao redor do parque e uma via-parque, estrada que ligará todos os núcleos, e o plantio de 67 mil árvores, para compensar a perda de verde decorrente das obras de reforma e ampliação da Marginal do Tietê. Em janeiro deverão ser entregues os primeiros 8,5 km de ciclovia e via-parque.

Se o projeto for rigorosamente seguido – para o que será necessário que o próximo governo estadual lhe dê continuidade -, o novo parque vai de fato “mudar a paisagem da zona leste”, como diz a secretária estadual de Energia e Saneamento, Dilma Pena, e ajudar a “sustentabilidade ambiental”. A criação de áreas verdes e a instalação de equipamentos de esporte e lazer em regiões como a zona leste devem ter um forte impacto na melhoria da qualidade de vida das populações carentes.

Por outro lado, a existência de um parque dessas dimensões ao longo do Tietê será sem dúvida uma valiosa contribuição para o esforço de limpeza e recuperação do rio, na medida em que ajudará a educar a população e a incentivá-la, em seu próprio benefício, a evitar o despejo de lixo em suas águas, como acontece atualmente.