EDITORIAL
O calcanhar-de-aquiles do Governo Alckmin voltou a ficar exposto, nesta semana, com a ocorrência de novas rebeliões em unidades da Febem, a principal das quais no complexo do Tatuapé, na capital. Como das vezes anteriores, repetiram-se as mesmas cenas de fugas, choques violentos entre os próprios internos, incêndios e depredações, a que sempre se assiste com incontido horror.
É de justiça reconhecer que o Governo do Estado não está parado diante do problema, e segue no caminho certo. Locais menores vão sendo construídos, obedecendo-se a uma descentralização geográfica, como recomendado pelos especialistas no assunto. Funcionários antigos, acusados da prática de agressões contra os internos, estão sendo demitidos às centenas. Só que isto não traz resultados imediatos. O trabalho corretivo do sistema é lento e, além das condições estruturais adequadas, exige competência e persistência.
É um desafio e tanto, colocar a Febem sob total controle das autoridades. Inclusive porque a demanda por vagas não pára de crescer, causando a superlotação da maioria das unidades. Entretanto, apesar das dificuldades, cabe esperar que a nova política que passou a vigorar ali possa trazer seus primeiros resultados positivos, num processo gradativo de normalização do setor.
