EDITORIAL
Anunciando grandes inovações no sistema rodoviário do Estado, inclusive na região de Campinas, o governador Alckmin aciona um megaplano de R$ 1,17 bilhão para modernização dos transportes
É altamente significativo o avanço que representará para o Estado e o País o megaprojeto anunciado ontem pelo governador do Estado, constante do Plano Diretor de Desenvolvimento dos Transportes (PDDT), que concretizará um conjunto de estratégias para atender às demandas atuais e do futuro.
O pacote de intervenções no sistema rodoviário prevê investimentos de R$ 1,7 bilhão em obras de recuperação em 1,6 mil quilômetros de rodovias paulistas, inclusive da região de Campinas, que compõem o Projeto do Corredor de Exportação Campinas-São Sebastião, a partir do Aeroporto Internacional de Viracopos.
Trata-se de conferir vigor ao sistema de transporte, até o porto de São Sebastião, de modo a criar uma logística de comércio exterior mais consistente, aumentando a competitividade do Estado de São Paulo.
Essa maior competitividade será decorrente, conforme o secretário estadual de Transportes, Dario Rais Lopes, da redução dos custos, que no porto de São Sebastião são 40% menores que os de Santos, e, ainda. aproveitando a maior proximidade de São Sebastiãocom o parque industrial das regiões de Campinas e do Vale do Paraíba.
Esse projeto inclui a privatização das rodovias Dom Pedro I, Carvalho Pinto, Ayrton Senna e a duplicação da Rodovia dos Tamoios. O corredor deverá entrar em operação a partir de 2006. Visa ao escoamento rápido dos produtos de exportação e importação da Região Metropolitana de Campinas (RMC) e das demais áreas do Interior do Estado.
As citadas rodovias, para cuja remodelação entrarão recursos do Estado, do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e das próprias concessionárias, como contrapartida da concessão para exploração das rodovias, ganharão compleição moderna, juntamente com as rodovias Raposo Tavares, na altura de Presidente Prudente, e dois trechos da Rodovia Marechal Rondon. Além disso, do projeto consta construção de novo acesso entre Caraguatatuba e São Sebastião.
Perceba-se que o Corredor de Exportação deverá ter 260 quilômetros de extensão, entre o Aeroporto Internacional de Viracopos e o porto de São Sebastião, passando pelo Vale do Paraíba. No Vale serão criados terminais de logística entre as rodovias Carvalho Pinto e dos Tamoios. Esses terminais de logística vão ser intermodais.
Esse conjunto articulado de intervenções, construções de acessos, reformulação e modernização do sistema rodoviário, tendo em vista ampliar e agilizar a estrutura de transporte do Estado, constitui passo importante para o enfrentamento dos desafios do desenvolvimento econômico na próxima década.
Recentemente, neste espaço, frisamos o imperativo de o Poder Público, nos três níveis de sua vigência, planejar e pensar grande, para Campinas e região, em quaisquer setores que fossem objeto de novos projetos para o desenvolvimento.
No megaprojeto em apreço, por sua envergadura e pela incidência altamente positiva em relação à economia de Campinas e região, foi preenchido aquele pressuposto de grande projeto, o qual, certamente, gerará grandes resultados.