O caminho da água até a sua torneira

O Estado de S. Paulo

seg, 22/03/2010 - 9h30 | Do Portal do Governo

Após ser retirada de um rio ou uma represa, ela passa por várias fases de purificação até ser totalmente limpa

Não são poucas as barreiras que separam a água retirada de rios, mananciais ou represas das torneiras das casas paulistanas.

Em alguns locais, como na represa Guarapiranga, a ocupação irregular das margens contamina a água com o despejo de esgoto, além de desmatar a vegetação do entorno, aumentando o risco de assoreamento. Gente a isso, antes mesmo de começar a etapa de tratamento, a Sabesp realiza tarefas preventivas para que a água que chega à estação de tratamento do Alto da Boa Vista – retratada ao lado – tenha uma qualidade aceitável e não encareça o processo.

Uma delas é a operação Catabagulho, que retira da represa resíduos como garrafas PET, latas, sacolas plásticas. Segundo o superintendente de produção de água da Sabesp, Hélio Castro, esses materiais também podem encalhar nas grades de proteção da adutora que retira a água da represa e leva para a estação de tratamento, atrapalhando a vazão do líquido e demanda uma boa manutenção das grades.

Já na captação são adicionadas substâncias para eliminar algas que se proliferam em ambientes aquáticos contaminados, principalmente quando há despejo de esgoto. Além da estação Alto da Boa Vista, existem outros sete complexos hídricos responsáveis pelo abastecimento de 33 municípios da região metropolitana a uma vazão de 67 mil litros por segundo de água, que percorrem cerca de 1,2 mil quilômetros de tubulação para chegar na casa dos paulistanos.

O sistema Guarapiranga é o maior dos oito complexos, atendendo a 8,1 milhões de pessoas – quase metade da população com acesso a água tratada na Grande São Paulo. Esse volume abastece bairros do Centro e da Zona Norte, além de municípios como Osasco, Santo André e São Caetano do Sul. O complexo da Guarapiranga vem em seguida, abastecendo 3,8 milhões de pessoas na zona sul e sudoeste.

Em alguns lugares, a água vem de distâncias de mais de 70 km, de outras cidades e até de outro Estado, como na Cantareira, que abrange 12 municípios.