O avanço nos serviços do HC da Unicamp

Correio Popular - Campinas - Sábado, 26 de junho de 2004

seg, 28/06/2004 - 9h30 | Do Portal do Governo

EDITORIAL

A necessidade de reformular a programação de atendimento, por parte do Hospital das Clínicas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) decorreu da constatação do sério congestionamento de casos originários da região, a maioria dos quais poderia muito bem ser distribuída pelos hospitais dos respectivos municípios, como agora vem ocorrendo.

A readequação do atendimento do HC, conforme o superintendente, Ivan Toro, reduziu em 20% a demanda espontânea de pacientes da Unidade de Emergência Referenciada (UER) antigo Pronto-Socorro, e aumentou em 30% o repasse de procedimentos estratégicos.

A alteração programática priorizou os atendimentos de alta complexidade, racionalizando as atividades do HC e equilibrando as finanças. Mas as necessidades no âmbito dos procedimentos mais complexos aumentaram.

É nesse contexto de atendimento qualificado, voltado para esses casos mais complexos, que entra a decisão do governador Geraldo Alckmin (PSDB) de disponibilizar mais 19 leitos para as unidades de Terapia Intensiva adulta e infantil.

A ampliação dessa ala do HC beneficiará as cidades da Região Metropolitana de Campinas (RMC).

Como noticiamos na última quinta-feira, o governador liberou verba de R$ 2 milhões para essa finalidade, depois de reunião com o citado superintendente do hospital, com o reitor da universidade, Carlos Henrique de Brito Cruz, e o secretário estadual da Saúde, Luiz Roberto Barradas Barata.

O governador deixou claro o objetivo do investimento. ‘Esse dinheiro será repassado imediatamente para o hospital por intermédio da Secretaria da Saúde. A nossa intenção agora é duplicar o número de cirurgias mais complexas e transplantes’, enfatizou.

Dado que atualmente a ala de UTI do hospital conta ocm 18 leitos, os novos 19 constituirão avanço significativo no atendimento. Isso, sem embargo de que, numa segunda etapa, será importante que o Estado amplie a disponibilidade para um número maior.

É que, para amenizar de vez a situação, o cálculo de leitos ideal seria de mais de seis dezenas, mas os 37 atingidos com essa ampliação correspondem a substantivo progresso. Lembre-se que tal reivindicação foi feita à Secretaria da Saúde há dois mese, por isso que o secretário visitou o hospital para fazer a avaliação.

Esses leitos serão instalados no segundo andar do bloco D, em ala que estava desativada. Dado que os recursos se destinam exclusivamente aos equipamentos (camas, monitores, respiradores, carrinhos, macas e climatizadores, 110 ao todo), o pessoal necessário para fazer funcionar essas unidades deverá ser posto à disposição pelo Ministério da Saúde.

O superintendente Ivan Toro lembrou que o HC conta com tais funcionários, pois que as negociações com o Ministério avançaram positivamente.

É de se frisar que a readequação do Hospital das Clínicas, em termos de atendimento regional, depois de racionalizada a distribuição das demandas comuns pelos hospitais das cidades da RMC, exigiu estrutura ampliada do HC, em termos de atendimento a casos complexos (foi de 30% o aumento do repasse desses procedimentos). Daí a importância dessa melhoria, com os novos leitos.