Ligações falsas podem resultar até em prisão; comandante explica como população pode ajudar pelo 190
Com a adoção de sistemas de identificadores de chamadas, o número de trotes caiu bastante. Hoje, graças a um moderno sistema operacional, os policiais sabem a localização exata de onde as pessoas estão ligando. Mesmo assim os trotes continuam. ‘Na maioria das vezes são crianças, inventando alguma ocorrência ou contando piadas’, diz o soldado Evandro, atendente do 190.
Quando o trote parte das crianças, os policiais procuram conversar com os pais, já com os adultos o procedimento é outro. ‘Uma vez um cara ligou e ficou cantando e dizendo um monte de bobagens para uma tenente nossa’, cita Evandro. ‘Outro atendente identificou o local e acionou a viatura que prendeu o engraçadinho.’
O coronel Silva Filho, comandante da Polícia do Interior 1, do Vale e Litoral Norte, alerta para a importância da população em ajudar os atendentes do 190. ‘Precisamos que eles nos ajudem descrevendo o ocorrido da melhor e mais detalhada maneira possível. No caso de furtos de carros, por exemplo, precisamos saber a cor, placa, modelo, e onde foi roubado. O mesmo acontece nos assaltos, nos quais precisamos saber as características físicas do indivíduo que assaltou.’
Os questionamentos são importantes para que os policiais tenham mais informações e com isso mais facilidades para agir. ‘Enquanto conversamos com a vítima, as viaturas já estão sendo acionadas. Sabemos que é difícil para as pessoas raciocinarem nesses momentos, mas para nós é vital’, completa o comandante.
