Novo instituto vai medir custo da poluição

Metro - Segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

seg, 19/01/2009 - 11h28 | Do Portal do Governo

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Um novo instituto ambiental prepara 60 estudos para apontar os vilões, as vítimas e os custos da poluição paulistana. As primeiras conclusões devem sair em seis meses, segundo o coordenador do projeto, Paulo Saldiva, professor da Faculdade de Medicina da USP. Entre as pesquisas, estão

o monitoramento de agentes da CET e recém-nascidos.No ano passado, Saldiva publicou estudo apontando  que a má qualidade do ar na região metropolitana de São Paulo tem um custo anual de R$ 1,5 bilhão. Agora, ele quer detalhar o prejuízo específico causado pelos combustíveis  poluidores, pelas indústrias e pela agroindústria.

As pesquisas do Instituto Nacional de Análise Integrada do Risco Ambiental são estratégicas, segundo Saldiva. “Enquanto não soubermos o quanto se gasta, por exemplo, com internações causadas pelo uso de um combustível mais poluente, os combustíveis vão continuar sendo escolhidos só pelo seu custo de produção.

O Instituto Nacional de Análise Integrada do Risco Ambiental também vai cultivar, no parque do Ibirapuera, plantas visivelmente suscetíveis à poluição. São mudas cujos polens atrofiam quando entram em contato com o mau ar ou cujas folhas mudam de cor, apresentam cicatrizes.

Com as plantas cultivadas, haverá cursos para professores – que vão receber os vegetais para que seus alunos passem a medir a qualidade do ar no entorno das escolas. Depois, os resultados de diferentes escolas podem ser comparados. “Já coordenei projetos com estudantes que viraram artigos científicos de alta qualidade”, diz Paulo Saldiva. “Esse tipo de experiência é educativa e eficiente.”