Nova Imigrantes leva oportunidades à Baixada Santista

Gazeta Mercantil - 10/12/2002

ter, 10/12/2002 - 10h39 | Do Portal do Governo

Com inauguração da segunda pista semana que vem, região espera atrair novos negócios e superar estagnação econômica

A Baixada Santista se prepara para uma nova era de desenvolvimento. A segunda pista da Imigrantes, o novo Pólo Tecnológico e Portuário, a regionalização do Porto de Santos e a construção do aeroporto na Base Aérea, no Guarujá, visam alavancar os negócios na região. Estes projetos integram ações do governo estadual, prefeituras e o empresariado local.

A primeira das iniciativas está concluída. A nova pista da rodovia dos Imigrantes será inaugurada na terça-feira da próxima semana, dia 17, às 9h. A capacidade do sistema Anchieta Imigrantes será ampliada em 70%, o que corresponde a 14 mil veículos por hora. Atualmente, esse número é de 8.500/hora.

A estrada terá 21 quilômetros de extensão, sendo 5 quilômetros no trecho de Planalto, 11,5 quilômetros na Serra do Mar e 4,5 quilômetros na Baixada Santista. Os trabalhos foram realizados com utilização de alta tecnologia, que contaram com investimentos de R$ 800 milhões.

O último obstáculo natural que existia, uma rocha de aproximadamente 5 metros de largura, foi implodido no dia 28 de maio deste ano, para dar lugar a um túnel na altura do quilômetro 56 da Imigrantes.

Gargalo superado

‘Agora, superado esse gargalo da Serra do Mar, com a segunda pista da Rodovia dos Imigrantes, vamos ter um ciclo forte de desenvolvimento na Região Metropolitana da Baixada Santista’, afirma o governador Geraldo Alckmin. Ele presidiu a cerimônia de abertura do seminário ‘Imigrantes, nova pista de Oportunidades’, ocorrido no Mendes Convention Center, em Santos, com a participação de secretários de Estado, deputados federais e estaduais, prefeitos, e demais autoridades da região.

De acordo com o governador, a nova pista da Imigrantes é vista como instrumento para aumentar o intercâmbio entre as economias regional e estadual, além de gerador de novos empregos. A importância da obra pode ser medida pelo número de empresários regionais (462 pessoas inscritas) que acompanharam a análise de Alckmin semana passada na Baixada. ‘Isso (o desenvolvimento) ficará por conta do setor empresarial, mas o Estado está dando sua contribuição, a começar pela mudança na cobrança de impostos para micro e pequenas empresas’, destacou.

Muito aplaudido, Alckmin fez um balanço das atividades do Estado, prestou homenagem à memória de seu antecessor, o governador Mário Covas, e anunciou que dará continuidade à implantação do Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT) na Baixada.

A nota dissonante para o público em geral, moradores, veranistas e empresários, é o pedágio. O secretário estadual dos Transportes, Luiz Carlos David, disse que após a entrega da segunda pista da Imigrantes, a tarifa será reajustada por força contratual.

Estagnação econômica

A deputada Mariângela Duarte (PT) considera que a nova pista que liga a Capital ao Litoral Sul, somada ao projeto de sua autoria que cria o Pólo Tecnológico e Industrial da Região Metropolitana da Baixada Santista, vai proporcionar um novo ciclo desenvolvimentista. A região é a segunda maior de São Paulo.

‘Depois de vários anos de estagnação econômica e de sofrer com diversas crises conjunturais que culminaram com a eliminação de milhares de empregos, tanto no pólo industrial petroquímico quanto nas atividades portuárias, essa importante região merece estar preparada para as circunstâncias favoráveis que se vislumbram’, afirmou a parlamentar.

O prefeito do Guarujá, Maurici Mariano, afirmou que o governador Geraldo Alckmin já mantém conversações com a equipe do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, no sentido de acelerar o processo de regionalização do Porto. ‘Esse processo terá a participação do Estado e dos municípios de Guarujá, Santos e Cubatão’, afirmou. De acordo com o prefeito, a regionalização do porto terá benefícios principalmente no Guarujá.

O governador Geraldo Alckmin negocia com a União a transferência da administração do porto ao Estado. Com isso, o processo de exportações será agilizado.

Wagner Oliveira,
de São Paulo