No Réveillon da Paulista, metrô fica aberto 24 horas

Jornal da Tarde - São Paulo - Quinta-feira, 16 de dezembro de 2004

qui, 16/12/2004 - 8h58 | Do Portal do Governo

Dois milhões de pessoas devem passar a virada na avenida, que terá seis horas de música e queima de fogos

O Réveillon da Avenida Paulista vai ter pelo menos seis horas de música, muitas luzes, cores e papel picado no ar. Ontem, no Palácio dos Bandeirantes, representantes do governo do Estado, da Prefeitura e do setor privado anunciaram como será a estrutura da festa. O tema é ‘O futuro’. E estão previstos 15 minutos de espetáculo no céu: serão 80 mil fogos e 700 morteiros.

O público deve ser parecido com o do ano passado: 2 milhões de pessoas – o que faz da festa uma das 10 maiores do mundo. O som, porém, vai chegar mais longe do que na última virada. Em 2004, os alto-falantes estavam colocados ao longo de um quilômetro. Agora, a estrutura vai dobrar: serão dois quilômetros de música.

Com isso, a Playcorp, empresa responsável pela organização, espera que todos possam ouvir tranqüilamente as atrações. E que o início da avenida, na última virada apinhado de gente, tenha uma densidade menor de pessoas.

Dez telas serão colocadas na avenida para que todos possam acompanhar a movimentação no palco. O palco mesmo será maior que o do ano passado: 800 m2. É o equivalente ao usado pela cantora Madonna em sua última turnê – considerado um dos maiores espaços para apresentações musicais na história. Não será permitida a venda de bebida alcoólica na avenida.

Entre as atrações já confirmadas, estão os velhos Demônios da Garoa, que participaram também da última virada. Mas a festa não será só de samba. Os organizadores pretendem satisfazer todos os gostos – e chamaram cantores de pop, rock, axé e até a Orquestra Jovem Tom Jobim Sinfônica. Além de três DJs, que devem tocar o som eletrônico depois da 1h.

O início da montagem da estrutura será negociada com a CET ainda nesta semana. O anúncio foi marcado por um certo mal-estar. O presidente da Paulista Viva, Nelson Baeta Neves, encheu de elogios o governador Geraldo Alckmin por ter abraçado o evento depois de a Prefeitura desistir de organizá-lo. Celso Marcondes, presidente do Anhembi e representante de Marta, teve de se justificar, lembrando que um patrocinador da festa desistiu do apoio na última hora.

No final, o governador Geraldo Alckmin tentou contemporizar: ‘Nós conseguimos o patrocínio da Embratel, mas estamos organizando o evento junto com a Prefeitura. Eles também fazem parte da organização.’

A presença do governo do Estado na organização este ano deve melhorar o acesso ao local: o Metrô ficará aberto 24 horas.