A primeira etapa da vacinação contra febre aftosa tem início amanhã (1º de maio), em todo o Estado de São Paulo.
A estimativa do Escritório de Defesa Agropecuária (EDA) de Catanduva é que sejam imunizados cerca de 50 mil bovinos na região.
Segundo o chefe do EDA, Carlos Alberto Pereira de Carvalho, neste ano, a vacinação ganha uma sistemática diferente, pois a intenção é que a aplicação da vacina não seja mais realizada no Estado de São Paulo.
“O motivo para esse trabalho é o status sanitário. Existem dois. O primeiro é ser livre da aftosa com vacinação; o segundo é ser livre da doença, mas sem aplicar a vacina no rebanho”, explica o diretor do EDA.
Para que isso possa acontecer, de acordo com Carvalho, é preciso fazer um trabalho minucioso para comprovar a não existência do vírus na população de bovinos.
“Realizados exames – através da coleta amostral do sangue – para verificar a existência ou não do vírus, pois o mesmo pode existir, mas não se manifestar, pois o gado está imunizado através da vacina”, comenta.
Estar no status sanitário de não existência da doença e da não realização da vacinação, segundo o chefe do EDA, atende exigências dos maiores importadores do mundo.
“Há risco da doença voltar? Sim, pois existe vírus em circulação. Mas quando você muda de categoria, a região não recebe mais bovinos de locais que ainda realizam a vacinação, entre outras providências de segurança”, destaca Carvalho.
Quem precisa vacinar?
Nesta primeira etapa, será vacinada apenas a parcela dos bovinos que tenham até dois anos de idade.
“Na segunda etapa, que acontece em novembro, todo gado precisará ser vacinado. Isso se repetirá em 2011, quando deve começar a extinção de aplicação da vacina”, salienta Carvalho.
A vacinação se estende de 1º a 31 de maio, sendo que a venda das vacinas já está liberada, pois sexta-feira é feriado (Dia do Trabalho).
“Temos 22 pontos de revenda de vacina. Ao todo, devem estar disponíveis de 70 a 80 mil doses na região do EDA”, ressalta.
Até o sétimo dia do mês de junho, o produtor precisa entregar a declaração de vacinação no Escritório de Defesa Agropecuária.
Penalidades
Quem não vacinar seu rebanho desembolsará cinco Unidades Fiscais do Estado de São Paulo (Ufesp) por animal. Pela não entrega da declaração, a penalidade é de três Ufesps.
“Embora não tenha que vacinar todo o rebanho, o produtor precisa entregar a declaração de todos os animais”, finaliza.
