Iniciativa oferece exames gratuitos de DNA; coleta é feita no Hemocentro da Unicamp
Teve início, sábado, no Hemocentro da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), o mutirão do Instituto de Medicina Social e de Criminologia (Imesc) para facilitar o acesso a exames gratuitos de paternidade por DNA.
Campinas é a primeira cidade a ser atendida de uma lista que inclui Ribeirão Preto, Araraquara, São Carlos, Sorocaba, Taubaté, Santos, Bauru, Araçatuba, Marília, Presidente Prudente e São José do Rio Preto. Segundo Sidney Carvalho, superintendente do Imesc, a Região Metropolitana de Campinas (RMC) concentra o maior número de pessoas à espera do exame – cerca de 2,7 mil famílias.
De acordo com o Imesc, descentralizar o atendimento e trazê-lo para cidades onde a demanda pelo exame é grande irá ajudar a reduzir o tempo de espera para a obtenção dos laudos. O prazo de entrega do resultado, que hoje pode chegar a um ano e meio, deverá ser reduzido para três meses.
Somente no sábado, as secretarias da Saúde e da Justiça atenderam mais de 300 pessoas, convocadas por meio de intimação judicial. O mecânico T.C.S, 34 anos, disse que se surpreendeu com a intimação, mas não se opôs a fazer o exame. “Se o filho for meu, vou assumir”, declarou diante de M.G.P, 19, que estava segura quanto à paternidade. “Eu sei que o filho é dele, quero apenas ter como provar”, disse.
Os exames gratuitos de DNA favoreceram, nas palavras de Carvalho, as famílias de baixa renda, que não têm acesso aos testes de paternidade feitos em clínicas particulares. Pagos, eles podem ultrapassar os R$ 1 mil. “Há três anos eu venho tentando fazer o exame, mas não tinha dinheiro para pagar”, comemorou a empregada doméstica Sandra Maria de Sousa, 25.
A Secretaria da Justiça e da Defesa, por meio do Imesc, ficou responsável pelo material utilizado e pelo transporte das amostras. O instituto fará as análises e emitirá os laudos no prazo estimado de 90 dias. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (11) 3291-2615. (Da Agência Anhangüera)
