O Estado de São Paulo
A exemplo do Instituto Butantan, museus e centros culturais de São Paulo inaugurados ou restaurados nos últimos anos estão adotando o modelo de instituições do exterior. Não basta o acervo: tecnologia e conforto tornaram-se indispensáveis para formar um público cativo.
Para a coordenadora da Unidade de Preservação do Patrimônio Museológico da Secretaria da Cultura do Estado, Silvia Anibas, a renovação é uma tendência nos lugares destinados a cultura na cidade. ‘Os museus precisam ser mais do que um espaço para exibição do acervo. Há muito tempo esse ideal já é seguido no exterior, aqui estamos evoluindo’, disse.
A coordenadora dá como exemplos o Museu da Língua Portuguesa, inaugurado em março na Luz, que já recebeu mais de 500 mil visitantes, e o Museu da Casa Brasileira, no Jardim Paulistano, que tem um restaurante e apresentações musicais. ‘É muito interativo. Hoje em dia temos outros tipos de linguagem cultural, para um museu se tornar atrativo é preciso acompanhar essas mudanças da sociedade’, afirmou.
Outro local renovado há pouco tempo foi o Museu do Teatro Municipal. Antes de ser reformado, o espaço só deixava à disposição do visitante um acervo exposto de maneira simples. Hoje, o local ganhou um equipamento multimídia e os painéis ganharam mais ilustrações. ‘A forma como as pessoas se relacionam com a cultura está diferente. Precisamos sempre buscar novas maneiras de ver a arte e interpretá-la’, disse a chefe de sessão técnica da administração dos museus da cidade, Ana Elena Salve.
No ano que vem a cidade deve ganhar mais um museu com vários atrativos. O Museu do Futebol, que funcionará no Estádio do Pacaembu, vai ganhar um investimento de R$ 25 milhões. A idéia é criar um espaço interativo e futurista. N.Z.
