Mulheres incentivam homens a buscar Ambulatório de Sexualidade do Hospital das Clínicas

Diário do Grande ABC

sex, 11/09/2009 - 7h54 | Do Portal do Governo

Um levantamento feito pelo Hospital das Clínicas da FMUSP (Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo), ligado à Secretaria de Estado da Saúde, mostra que as novas exigências das mulheres têm se voltado à vida pessoal e, principalmente, sexual. De acordo com o estudo, elas são as responsáveis por 30% da procura dos homens por tratamento no Ambulatório de Sexualidade do setor de Urologia do Instituto Central do hospital. 

Criado há quatro anos para atender, orientar e tratar todos problemas sexuais masculinos (orgânicos e psicológicos), o ambulatório recebe cerca de 150 pacientes por mês, sendo que desse total 40% são novos. “Ao contrário do que se pode pensar, a maioria dos pacientes não quer se tornar um atleta sexual. A intenção é apenas satisfazer a ele e à mulher”, informa o urologista e coordenador do ambulatório, Joaquim Claro.

O problema mais comum tratado pelo grupo é a disfunção erétil (impotência), que representa 55% dos atendimentos. “Essa doença atinge grande parte dos pacientes com idade acima de 60 anos”, explica Claro. Segundo ele, a maioria dos casos, apesar de não ter cura, pode ser tratado. “A impotência, quando acomete os jovens, normalmente está relacionada a dificuldades psicológicas ou a adaptações pós-cirúrgicas”, define.

Claro destaca que, diferentemente das mulheres, é raro os homens sofrerem com problema de baixa autoestima na vida sexual. “Quando isso ocorre, são elas as principais motivadoras da insegurança masculina”, aponta. De acordo com ele, quando o homem não sabe lidar com as críticas sexuais femininas ele pode entrar num ciclo de autodepreciação difícil de reverter.