Ao expor o processo de reestruturação da Polícia Militar, o secretário de Segurança Pública anunciou medidas importantes para maior eficácia anticrime
As seis principais medidas tomadas pela Secretaria de Segurança Pública, adiante resumidas, compõem o processo de reestruturação da Polícia Militar (PM) no Estado.
As mudanças foram anunciadas em Campinas na última quinta-feira, como noticiamos, pelo secretário de Segurança Pública de São Paulo, Saulo de Castro Abreu Filho, e pelo comandante geral da PM, coronel Alberto Silveira Rodrigues.
Diante de representanes de Conselhos de Segurança (Consegs) e de organizações não-governamentais (ONGs) de Campinas (Viva Campinas e Movimento Vida Melhor) além de representantes de outros setores da sociedade civil, foram especificadas as mudanças na estrutura e dirimidas dúvidas sobre confusão a respeito de alterações que causaram mal-entendidos.
Pode-se dizer que as alterações anunciadas – o aumento do efetivo e a criação de novos batalhões para atuar na região – configuram sinais de aumento da eficiência policial no combate ao crime.
Quando o secretário Abreu Filho frisou que o comandante de cada área de atuação será cobrado, quanto aos resultados obtidos, deixou claro que está pondo em andamento, junto com as alterações na força policial, uma filosofia de acompanhamento do rendimento.
Os seis pontos básicos da reestruturação são os seguintes:
1 – As três companhias de Força Tática da Polícia Militar de Campinas cumprirão metas de redução da criminalidade nas respectivas áreas de atuação.
2 – A região do Comando de Policiamento do Interior-2 (CPI-2), que abrange 92 municípios da região, ganhou dois novos batalhões (um em Sumaré, outro em Jundiaí), além de outro da área rodoviária.
3 – Foi aumentado o efetivo da PM na região, em 274 novos agentes policiais, com a criação de companhias de Força Tática em oito cidades.
4 – Por iniciativa da Secretaria de Segurança Pública, tramita na Assembléia Legislativa projeto transformando 167 cargos de oficiais médicos em cargos de oficiais operacionais, os quais, após aprovado o projeto, reforçarão a ação policial nas ruas.
5 – Foram reforçados a Ronda Escolar e o policiamento integrado, além do funcionamento do policiamento comunitário, que em Campinas receberá reforço de 12 viaturas.
6 – Enquanto não chegam os novos carros, os membros das companhias de Força Tática continuarão trabalhando com as viaturas antigas da Rotac e Atac. As companhias do 8º e do 47º Batalhão terão, cada uma, 96 homens. No 35º Batalhão, a Força Tática contará com 127 componentes.
Dado que a região de Campinas, por suas características polarizadoras de fatores de avanço econômico, representar espaço que atrai quadrilhas e torna a questão da segurança mais problemática, exige constante readequação e aumento do contingente policial e de meios técnicos, novos processos para agilizar o combate à criminalidade, atualização e aperfeiçoamento de métodos.
Em face das citadas medidas tomadas, é estimulante a expectativa de avanço na guerra anticrime e de melhoria nos resultados, em Campinas e na região. A adoção de metas para reduzir a violência é alentador, pois impõe condutas e define parâmetros de atuação da força policial. O esclarecimento da PM também foi importante, pois, segundo o comando, a Tropa de Choque não será extinta, como chegou a ser anunciado, fruto de uma falha de comunicação da corporação. O que ocorrerá em Campinas, garante a PM, é só a troca de nome da unidade.
