Jornal da Tarde
O subprefeito de Campo Limpo, Heitor Sertão, explica que o ‘corte’ que a nova via fará em um dos cantos da Favela de Paraisópolis está inserido no projeto de urbanização da região, que vem sendo conduzido pelo governo do Estado e Prefeitura. Dentro do programa, diz ele, está prevista a construção de unidades habitacionais por parte do CDHU, que devem alojar parte das famílias que terão suas casas desapropriadas.
‘Boa parte da Favela de Paraisópolis, hoje, ocupa terrenos particulares’, diz o subprefeito. ‘A nova via é extremamente importante porque hoje a Giovanni Gronchi é praticamente intransitável, e os empreendimentos imobiliários de alto padrão que estão se instalando por aqui devem agravar essa situação ainda mais. A nova avenida, paralela, será uma alternativa importante’, explica.
Pouco interessados nos problemas do trânsito, os moradores da favela se dizem mais preocupados em manter os seus imóveis – ou receber pelo que eles valem. ‘Aqui, as pessoas trabalham 20, 30 anos para comprar uma casa, e não podem sair assim, quase de mãos vazias’, diz a líder comunitária Helena Santos. Há 3 anos, segundo ela, a comunidade já ‘ouve falar’ da nova via. ‘Querem despejar o trânsito em cima de nós, o que é um absurdo.’
