Metrô substitui trilhos antigos por novos

SPTV - 1ª Edição - Sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

sex, 04/01/2008 - 15h07 | Do Portal do Governo

SPTV – 1ª Edição

O metrô substituiu hoje de madrugada 200 metros de trilhos velhos na linha azul, entre as estações Sé e São Bento.

Essa substituição dá um trabalhão e tem que ser feita no menor tempo possível. É por isso que esse trabalho não acontece sempre.

Para garantir a segurança de quem usa o metrô, é preciso uma verdadeira operação de guerra.

Um trabalho rápido e preciso. A troca tem que ser feita somente enquanto o metrô não está operando. De madrugada, da uma às quatro e meia da manhã. São mais de 30 técnicos do metrô para retirar os trilhos antigos, com mais de 14 anos de uso.

Depois, eles colocam os novos trilhos no local, uma curva a 35 metros de profundidade. Um equipamento ajusta os trilhos novos e os antigos. A emenda passa então por um processo de fundição. Por último, uma máquina lixa as emendas para que não haja desnível.

As barras usadas são levadas para um pátio, no Jabaquara.

A grande troca de barras de 125 metros de extensão é feita três vezes por ano. “A roda do trem apóia verticalmente no trilho e lateralmente o friso da roda encosta aqui para limitar o desenvolvimento. Este ataque lateral aqui é o que causa o desgaste”, explica Walter Castro, gerente de manutenção do metrô.

No pátio, as equipes trabalham mais que os trens. Lá, são 24 horas de serviço. Nós encontramos vagões de todo jeito, até suspensos no ar. É a manutenção das rodas, que devem ser trocadas, em média, a cada 16 anos.

“Nós temos no máximo quatro horas de serviço para retirar o rodeiro e colocar um novo, revisado”, diz walter.

Para o pátio vai toda a sucata do sistema do metrô. O resto de ferro, o que sobre da manutenção e das embalagens e lubrificantes. Ali atrás, estão os discos de frio, muito desgastados nos trens com o tempo. Aqui, as barras dos trilhos também muito desgastadas. Ao todo estão aqui 400 toneladas de materiais armazenados durante um ano e que vão a leilão agora em janeiro.

“Este leilão é feito através de leiloeiro oficial, que é selecionado pelo metrô, o público alvo são as empresas que trabalham com material reciclável”, explica Roberto dos Reis, chefe do departamento de materiais do metrô.

Esse é o destino final de todo o material que durante anos garantiu a segurança de milhões de passageiros do metrô.