Metrô: segurança em primeiro lugar

Diário de S. Paulo

qui, 11/11/2010 - 8h41 | Do Portal do Governo

A segurança dos usuários, dos funcionários e do sistema é a principal prioridade do Metrô. Todos os sistemas de segurança do Metrô são “falha segura”, ou seja, em qualquer situação a condição de segurança é preservada, mesmo que seja necessário a paralisação da circulação. Na ocorrência do dia 21/9 não foi diferente. Todas as condições de segurança foram mantidas.

Na ocasião, foi constatada a perda da sinalização de porta de um trem. Enquanto era restabelecida, houve acionamento do botão de emergência de abertura de portas, no mesmo carro, porém no lado oposto, quase simultaneamente, fato não usual na operação. Imediatamente, alguns usuários desceram à vbia, o que obrigou o Metrô a desenergizá-la por medida de segurança. Portanto, a partir dessa ação é que foi desencadeado o “efeito cascata”, pois se um trem não pode se movimentar, os demais também param.

Lembro que, no dia do fato, informamos que não houve falha técnica e que os empregados que atuaram na ocorrência constataram uma epça de vestuário em uma das portas do último carro. O que foi dito, então, é que essa peça poderia ter sido a causa da perda de indicação de portas fechadas, mas jamais a causa do colapso da linha. Além disso, não há cabimento atribuir a ocorrência, exclusivamente, à superlotação. Se assim fosse, haveria colapsos diários nos grandes metrôs do mundo, nos horários de pico. Os sistemas de alta capacidade, no mundo, operam com lotação máxima nesses horários.

O laudo oficial do Instituto de Criminalística sobre as causas do incidente ainda não foi concluído, nem o Metrô teve acesso ao seu conteúdo. É importante lembrar que em ocorrências desse gênero “trem parado, é trem seguro”. Esse procedimento é mandatório nestas situações e prevalece sobre quaisquer outras ações operacionais, mesmo que implique a paralisação da circulação de trens.

Conrado Grava de Souza é diretor de operações do Metrô-SP