A partir de junho, câmeras de última geração irão vigiar acessos, mezaninos e plataformas 24 horas por dia. As bilheterias das 18 estações da Linha 3 – Vermelha também ganharão blindagem
BRUNO TAVARES
Para coibir a ação de ladrões dentro de suas 52 estações, o Metrô de São Paulo decidiu reforçar seu sistema de segurança. A partir de junho, câmeras de última geração irão vigiar acessos, mezaninos e plataformas, de segunda a domingo, 24 horas por dia. As bilheterias das 18 estações da Linha 3 – Vermelha (Barra Funda-Corinthians-Itaquera), alvos preferenciais dos bandidos, também ganharão blindagem até o fim do ano.
As mudanças, no entanto, não serão apenas tecnológicas. Um novo departamento ficará responsável exclusivamente pela segurança das estações e dos 2,5 milhões de passageiros que passam pelo sistema diariamente. Hoje, o monitoramento é feito por funcionários do Centro de Controle Operacional (CCO), que também são responsáveis pela circulação dos trens.
“Temos conseguido reduzir os índices de criminalidade, mas não podemos descuidar”, afirma Decio Tambelli, diretor de Operações do Metrô. O novo centro de controle será construído no mesmo prédio onde hoje funciona o CCO, na Rua Vergueiro, Zona Sul da Capital. O local terá comunicação em tempo real com os postos de segurança espalhados pelas estações. “Se o funcionário flagrar algum problema, poderá acionar os agentes de estação ou mesmo a polícia imediatamente”, explica Tambelli.
As 12 estações mais movimentadas da rede ganharão tratamento diferenciado (para não alertar os criminosos, a companhia prefere não revelar quais são essas estações). De acordo com o diretor de Operações, elas serão equipadas com 140 câmeras digitais, que permitem aproximação da imagem. Para implementar o novo pacote de segurança, o Metrô irá desembolsar R$ 3,7 milhões. A Estação Tietê, na Linha 1 – Azul (Tucuruvi-Jabaquara) será a primeira a ser monitorada. Já o centro de vigilância ficará pronto em agosto.
Em 2005, o Metrô registrou o menor índice de criminalidade dos últimos três anos, com média de 3,8 ocorrências por milhão de passageiros transportados.
Os assaltos a bilheterias também preocupam a companhia. Nos dias úteis, a média do ano passado foi de um roubo por dia. “A tendência é de que esses números caiam. Além desse reforço na segurança, a adoção do bilhete único deve reduzir o fluxo de dinheiro nos caixas, e isso espanta os ladrões”, comenta o diretor. Hoje, apenas as bilheterias da Estação Luz possuem sistema de blindagem.
