Estações mais visadas são Sé, Anhangabaú, Tietê, Barra Funda e Tatuapé
A Companhia do Metropolitano de São Paulo promove até domingo uma campanha de conscientização dos 2,5 milhões de usuários para evitar furtos de bolsas e celulares nos trens e nas 46 estações. “O problema é que a maioria dos passageiros se distrai e não cuida de seus pertences, deixando o caminho livre para os ladrões”, observa José Luiz Bastos, chefe da segurança do Metrô. Apenas neste ano, da média total de 277 ocorrências registradas mensalmente, 202 são de tentativas de furto e roubo.
Segundo Bastos, as estações mais visadas pelos ladrões são as centrais, como Sé e Anhangabaú, que também são as mais movimentadas; Tietê e Barra Funda, onde embarcam pessoas vindas do interior e de outros estados; e Tatuapé, por causa do poder aquisitivo dos moradores. As vítimas em potencial são mulheres e idosos.
Apesar dos números, Bastos não se assusta. “Nos últimos quatro anos reduzimos a criminalidade no metrô em 52%”, comenta. Segundo ele, o Metrô ampliou o corpo de segurança para 885 pessoas e vem atacando o problema nos locais de maior incidência. “Antes, os piores dias eram as segundas e terças-feiras, embora até agora não conseguimos saber o porquê. Hoje a incidência de furtos varia muito”, observa.
Segundo o delegado Valdir de Oliveira Rosa, da Delegacia do Metropolitano (Delpom), os ladrões preferem agir nos horários de “rush”, quando a movimentação é grande. “Eles têm uma habilidade incrível nas mãos e muitas vezes chegam até a tirar relógios do pulso dos usuários sem que eles percebam”, diz. Rosa observa que a maioria das vítimas só dá conta do crime quando vai procurar a carteira ou o celular. “Assim mesmo eles chegam na delegacia e nunca sabem direito se perderam ou foram vítimas de furto”, diz.
Segundo Rosa, neste ano foram detidas 117 pessoas no metrô, 95 delas por furto. Em 2001 a polícia prendeu 333, 280 eram punguistas.
Cristina Christiano
