O número foi registrado na terça-feira. Naquele dia, a Linha 3 (Vermelha), que liga a estação de Corinthians-Itaquera a Barra Funda, foi a mais utilizada, somando, sozinha, mais de um milhão de usuários. Em 1974, em seu início de operação, o sistema transportava 3 mil por dia. Hoje são 2,6 milhões
O metrô de São Paulo atingiu esta semana a marca de 14 bilhões de passageiros transportados desde sua inauguração, em 1974. Para ter uma idéia da dimensão desse número, a população do planeta está em torno de 5,5 bilhões de pessoas. Em setembro do ano que vem, a instituição completa 30 anos de operações.
O número de 14 bilhões de passageiros transportados foi registrado terça-feira à noite, após o fim do expediente. Nesse dia, os trens levaram 2.449.036 passageiros. A Linha 3 (Vermelha), que liga a estação de Corinthians-Itaquera a Barra Funda, foi a mais utilizada. Pouco mais de 1 milhão de pessoas foram transportadas.
Em seguida, ficou a Linha 1 (Azul) – a mais antiga do sistema. A Linha 2 (Verde) registrou cerca de 300 mil pessoas. A recém-inaugurada Linha 5 (Lilás), que tem 9,4 km entre Capão Redondo e o Largo Treze, contabilizou aproximadamente 15 mil passageiros.
Para o assistente do gerente de operações do Metrô, Antônio Aparecido Lazarini, a demanda da Linha 5 só deve aumentar depois que toda obra estiver concluída. Como o projeto depende de financiamento externo, ainda não há um prazo para que ele seja finalizado.
‘O projeto prevê ligação do Capão Redondo até Chácara Klabin ‘, explica Lazarini. O trajeto total deverá ter cerca de 20 km.
O metrô começou a funcionar em 14 de setembro de 1974. Na época, o trecho Jabaquara/Vila Mariana só funcionava de segunda a sexta-feira. O horário de funcionamento também era restrito, das 9h às 13h. Por dia, apenas 3 mil passageiros percorriam os cerca de 7 km de trilhos. Hoje, a média diária é de 2,6 milhões de pessoas. Neste ano, o recorde de passageiros transportados ocorreu no dia 8 de abril – quase 3 milhões de pessoas.
Reajuste não vai atrapalhar expansão
O secretário estadual de Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, garantiu ontem que o pagamento do aumento de 18,3% aos funcionários do Metrô – determinado pela Justiça – não vai atrapalhar os planos de expansão do sistema.
De acordo com ele, que participou ontem de um seminário sobre transportes promovido pelo Sindicato dos Engenheiros do Estado de São Paulo, ainda em outubro desse ano devem ser iniciadas as obras da Linha 4 (Amarela), que vai ligar a Vila Sônia à Luz.
‘Amanhã (hoje), entrego o relatório da licitação ao Banco Mundial, que deve aprová-lo. Em seguida, haverá a apresentação oficial dos vencedores da licitação. Há uma previsão de assinatura do contrato em 25 de setembro e, depois, começarão as obras de infra-estrutura’, afirmou Fernandes.
Um consórcio liderado pela empreiteira Andrade Gutierrez venceu a disputa pelos lotes 1 e 2.
Outro grupo, liderado pela Camargo Côrrea, venceu a concorrência do pátio de manobras da linha.
Para conseguir equilibrar as contas do Metrô, afetadas pelo reajuste concedido pela Justiça aos metroviários, o secretário determinou a contenção dos custos fixos da empresa. De acordo com Fernandes, foram extintos um terço dos departamentos da companhia. ‘Mas sem dispensa do pessoal’, garantiu.
