O novo Centro de Controle Operacional funcionará nas estações das linhas azul, verde, vermelha e lilás. A última medida para combater a criminalidade foi a instalação de detectores de metais
IVAN VENTURA
A Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô) pretende instalar, até o fim do ano, um Centro de Controle Operacional destinado apenas a segurança das 52 estações das quatro linhas (azul, verde, vermelha e lilás). Existe, atualmente, um CCO onde funcionários exercem quatro tipo distintos, e ao mesmo tempo, de monitoração: os de usuários no embarque e desembarque nas estações, de energia elétrica, do tráfego dos trens e da segurança. Esse último será separado das demais funções.
Ontem, a companhia apresentou outra novidade no combate a assaltos ao Metrô:
detectores de metais foram instalados na estação Marechal Deodoro, que fica na linha 3 vermelha (entre a Barra Funda a Corinthians Itaquera). No total, a companhia dispõe de 20 detectores fixos. O equipamento foi comprado há um ano mas só foi usado por causa de três roubos que aconteceram, na semana passada. Os usuários compraram bilhetes em um posto de venda em frente a estação e foram roubados por assaltantes dentro dos trens.
A ação foi semelhantes nos três casos. Os bandidos, armados, seguiam as vítimas que entravam na Estação Marechal Deodoro. Dentro elas roubavam os bilhetes dos usuários. Dois desses assaltos aconteceram na segunda-feira em São Joaquim e o último foi na sexta-feira, na República.
Segundo José Luiz Bastos, chefe da segurança do Metrô, o equipamento deverá ficar na estação até a identificação ou ‘espantar’ os bandidos. ‘No momento, a principal função do equipamento é essa, mas poderemos implantar o sistema em dias de jogos de futebol, estações próximas a bancos e até em dias de grandes shows’, explicou Bastos.
Quem passou pelo detector aprovou a novidade. ‘É muito bom, mas acho que deveria colocar em todas as estações. As pessoas iriam se sentir mais seguras’, comentou a jornalista Juliane Satie Kawae, de 23 anos.
Sobre a implantação do novo centro de controle da segurança e as câmeras, o Metrô deve publicar, em no máximo 60 dias no Diário Oficial do Estado, a abertura de licitação para as empresas interessadas na instalação dos equipamentos. O empréstimo do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social (BNDES) de R$ 4 milhões para a segurança do Metrô irá possibilitar a compra do material.
Segundo Bastos, deverão ser adquiridas cerca de 300 câmeras, que irão se juntar a outras 300 que já funcionam nas estações. A maior parte do equipamento de vigilância irá substituir o que já funciona próximo das bilheterias e locais estratégicos. Porém, o chefe da segurança ressalta que os equipamento atuais não serão sucateados, mas sim instalados em outros lugares.
‘O novo equipamento terá um dispositivo de aproximação, que poderá captar imagens de ladrões à bilheterias com maior nitidez. E todas as câmeras serão controladas pelo novo CCO de segurança e o monitorador, que poderá acionar mais rápido a polícia’, disse o chefe de segurança do Metrô.
