Metrô: bilheterias da Zona Leste serão blindadas

Jornal da Tarde - Quarta-feira, 30 de junho de 2004

qua, 30/06/2004 - 9h32 | Do Portal do Governo

A partir de setembro, as cabines de venda de bilhetes entre as Estações Corinthians-Itaquera e Pedro II, trecho que concentra o maior número de assaltos, serão equipadas com vidros à prova de bala. Com essa medida, a orientação para funcionários vai mudar: eles não deverão mais entregar dinheiro a ladrões

CARINA FLOSI

As bilheterias instaladas nas estações da Linha Leste da Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô) serão blindadas até dezembro deste ano. Com a iniciativa, o Metrô pretende zerar o número de ocorrências nos guichês da Zona Leste da Cidade. As estatísticas apontam 80% dos assaltos nessa região – 150 por ano.

O projeto foi concluído neste mês. A próxima fase será a aprovação da diretoria do Metrô. Em seguida, serão publicados os editais de licitação. A previsão de instalação é a partir de setembro. Desde 2002, uma das bilheterias da estação Luz está blindada. Nunca mais foi assaltada.

Além de contar com vidro duplo resistente – o nível da blindagem é três, capaz de bloquear tiros de armamentos pesados -, a estratégia de defesa dos funcionários da companhia também vai mudar. Hoje, a orientação é para não reagir em situações de risco. Com as cabines protegidas, os funcionários não entregarão o dinheiro, pois estarão mais seguros para acionar a central de segurança. De acordo com o chefe da segurança do Metrô, José Luiz Bastos, as blindagens consumirão cerca de 40% do empréstimo de R$ 4 milhões fornecido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social BNDES. O restante, cerca de R$ 2,5 milhões, será destinado ao sistema de monitoramento das bilheterias e plataformas. ‘Vamos acabar com o problema da Zona Leste, região mais crítica. Em seguida, blindaremos as cabines na Zona Oeste’, disse.

Câmeras externas em algumas estações

Os usuários também vão se sentir mais vigiados dentro das estações. O projeto inclui a instalação de 300 câmeras mais modernas, com capacidade de aproximação da imagem em até um quilômetro. Hoje o limite é de apenas 15 metros.

Haverá também gravação digital dos movimentos dos passageiros situados em locais estratégicos. A prioridade será para as estações de maior movimento, como as centrais Sé e Anhangabaú. Algumas estações também vão ser beneficiadas com câmeras externas.