Unesp de Rio Claro analisou produto da espécie indígena iraí e obteve bons resultados
Fernanda Yoneya
O biólogo conta que o mel foi testado em presença de dez diferentes bactérias. Os resultados indicaram que 50% apresentaram sensibilidade ao mel. “Utilizamos o mel da abelha iraí. Hoje são conhecidas cerca de 400 espécies nativas no País”, diz Menezes, ressaltando que “os resultados apontam para um excelente potencial terapêutico do mel.” As espécies mais populares são a jataí, uruçu, tiúba, jandaíra, borá e mandaçaia.
USO INDISCRIMANDO
Segundo Menezes, os estudos estão avançando e o próximo passo é ir testando, gradativamente, o mel de outras espécies de abelhas em outros tipos de microrganismos, e a idéia é utilizá-lo tanto in natura, como na composição de cremes, pomadas, medicamentos e outros produtos. O professor explica, no entanto, que o processo é rigoroso, pois a fabricação desses produtos é regulamentada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). “Estamos procurando parceiros na iniciativa privada que estejam interessados em participar do projeto e levá-lo adiante”, afirma. “Por enquanto, ainda não há experimentos práticos no campo, mas a previsão é otimista, considerando a busca crescente por soluções naturais.”