Mais moradia para a baixa renda

Jornal da Tarde - Sexta-feira, dia 26 de janeiro de 2007

sex, 26/01/2007 - 11h46 | Do Portal do Governo

Jornal da Tarde

Serão 403 imóveis para quem ganha até 1,8 mil em SP

LUCIANA MATTIUSSI, luciana.mattiussi@grupoestado.com.br

A Caixa Econômica Federal assinou ontem com o Ministério das Cidades, o governo estadual e a Prefeitura um convênio para a construção de 403 imóveis na Capital para a população de baixa renda. Com investimento inicial de R$ 15,3 milhões, ele faz parte do Programa de Arrendamento Residencial (PAR) – que é destinado a famílias com renda mensal de até R$ 1.800. O interessado em adquirir um dos imóveis do programa precisa ir a uma agência da Caixa para se candidatar.

As novas moradias do PAR serão construídas em Itaquera e na região da Raposo Tavares , explicou o prefeito Gilberto Kassab. “Cerca de 1,6 mil pessoas serão beneficiadas”, completou. Segundo o governador José Serra, o convênio funcionará da seguinte forma: a Secretaria Municipal de Habitação, por meio da Cohab, fará a doação dos terrenos e a construção ficará a cargo da Secretaria Estadual da Habitação, por intermédio da CDHU. As casas serão compradas pelo Ministério das Cidades que vai comercializá-las, operação a ser realizada pela Caixa.

O governador ainda explicou que o Estado vai subsidiar parte do valor do imóvel para o mutuário. “As moradias são mais caras do que o governo federal irá pagar. Essa diferença, então, será subsidiada pelo Estado”, disse. Serra ressaltou que esta diferença equivale a um terço do total do investimento. A presidente da Caixa, Maria Fernanda Ramos Coelho, finalizou garantindo que o convênio irá oferecer “habitação de qualidade.”

O convênio assinado ontem já conta com as novas regras anunciadas no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), no último dia 22. Antes das alterações no PAR, o mutuário pagava uma mensalidade de R$ 280 e, após 15 anos, ganhava a propriedade do imóvel. Não havia a possibilidade de amortizar o total do débito antes deste prazo. Assim, quem saía da moradia antes do tempo perdia o dinheiro aplicado. Agora, o mutuário poderá liquidar a dívida após cinco anos morando na casa arrendada e ficar com o imóvel. “Antes era preciso esperar 15 anos para ser proprietário. Agora, depois de cinco anos participando do programa é possível adquirir a unidade com recursos próprios, inclusive usando o saldo do FGTS”, afirmou a presidente da Caixa.