Agora São Paulo
Após quatro meses de vigência da lei dos call centers, 41 das 69 empresas fiscalizadas pelo Procon-SP descumpriram pelo menos uma das novas regras de atendimento. Isso quer dizer que 60% das empresas têm problemas para atender os consumidores.
Nessa última fiscalização do Procon, foram 117 infrações. Segundo o Procon, 11 empresas com problemas na fiscalização anterior, em dezembro, voltaram a ter infrações.
A falta de informação de SAC (Serviço de Atendimento ao Consumidor) para deficientes foi a infração com o maior número de registros -28 empresas tinham esse problema. Outra infração registrada em 22 empresas (31% do total) foi a demora de mais de um minuto para um atendente falar com o consumidor.
As empresas de planos de saúde lideraram o total de irregularidades, com 26 infrações em sete categorias. A empresa de consórcios Remaza teve o maior número de infrações -oito- cometidas.
As empresas de telefonia lideram as reclamações dos consumidores, segundo o diretor-executivo do Procon, Roberto Pfeiffer. Nesse caso, as principais infrações são a demora no atendimento, os telefones ocupados e as ligações interrompidas. As telefonias fixa e móvel somaram 22 infrações. Claro, Embratel, Telefônica e TIM Celular demoraram mais de um minuto para atender e não solucionaram a reclamação em cinco dias.
Para Pfeiffer, o desempenho dos consórcios e do transporte rodoviário, pela primeira vez analisados, foi ruim: cinco empresas de ônibus e quatro de consórcios tiveram infrações. Das 12 empresas de aviação e do setor rodoviário, só uma não foi autuada. Os bancos melhoraram: foram quatro autuados, contra 14 em dezembro.