Samantha Maia
Depois de mais de um ano do lançamento do edital de pré-qualificação das empresas, a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) deu ontem mais um passo no seu projeto de Recuperação Ambiental da Região Metropolitana da Baixada Santista (Sanba). Foi publicado o edital de convocação dos consórcios que deverão apresentar propostas para a realização das obras.
O processo sofreu atrasos porque algumas empresas questionaram na Justiça as regras de qualificação. “Já tínhamos o resultado da pré-qualificação desde fevereiro deste ano, e essas representações atrasaram sobremaneira o seguimento”, disse o superintendente da Sabesp na Baixada Santista, Paulo Roberto de Queiroz, que considera normal surgirem reclamações nesse tipo de operação. A abertura das propostas acontecerá no dia 28 de setembro, quando serão escolhidos oito consórcios.
O projeto prevê a construção de de sete estações de tratamento de esgoto, 85 estações elevatórias, um emissário submarino – na Praia Grande -, e cerca de 1,1 mil quilômetros de redes coletoras e coletores troncos. Também deverão ser feitas 125 mil ligações domiciliares, e o emissário submarino de Santos será reformado e ampliado. O investimento total será de cerca de R$ 1 bilhão – R$ 390 milhões do Banco Japonês de Cooperação Internacional (Jbic, na sigla em inglês) e R$ 649 milhões da Sabesp.
Deverão ser realizadas simultaneamente obras em nove municípios – Santos, São Vicente, Cubatão, Praia Grande, Mongaguá, Itanhaém, Peruíbe, Bertioga e Guarujá – durante a execução. O projeto é considerado um dos maiores, em valores e em dimensão, da estatal. “Na Baixada Santista, com certeza será o maior investimento em um projeto único já feito pela Sabesp”, disse Queiroz. Segundo o superintendente, as obras serão importantes para dar um salto qualitativo na saúde pública da região. “Com a implementação do projeto, os nossos recursos hídricos, nossas praias, serão preservados, o que está diretamente relacionado com uma melhoria da qualidade de vida.”
A Sabesp pretende estender a coleta de esgoto para pelo menos 80% dos domicílios da região, podendo chegar a 95%. Se não houver imprevistos, a expectativa é dar início às obras em novembro deste ano. A duração do empreendimento é de 48 meses.
