Lazer e área verde para Sapopemba

Jornal da Tarde - Quarta-feira, dia 28 de junho de 2006

qua, 28/06/2006 - 10h33 | Do Portal do Governo

Ao longo do traçado da Adutora Rio Claro, a Sabesp vai implantar o Parque da Integração. Serão 7,5 km de ciclovia, quadras e horta para a região de Sapopemba e S. Mateus

ARYANE CARARO, aryane.cararo@grupoestado.com.br

Os moradores de Sapopemba e São Mateus vão ganhar 7,5 quilômetros de ciclovia e passeio para pedestres. O novo pólo de exercícios da região é, na verdade, o futuro Parque da Integração, um parque linear que acompanha o traçado de parte da Adutora Rio Claro e que será implantado pela Sabesp. Do Largo de São Mateus (ou Praça Felisberto Fernandes da Silva) até a Praça Virgílio Lúcio, na Vila Heloísa, o terreno que acompanha a adutora ganhará tratamento paisagístico e equipamentos para esporte e lazer.

No trecho de 210 mil metros quadrados, a Sabesp, que é dona da área do entorno da adutora, pretende estimular não apenas as atividades físicas. Projetos de educação ambiental serão desenvolvidos ao longo do parque, dando noções para a população sobre uso racional da água, despoluição de bacias e córregos, arborização e reciclagem de lixo.

Para garantir a segurança dos futuros freqüentadores, a Sabesp vai construir 12 bases de apoio, sendo seis delas destinadas à Polícia Militar. Haverá também segurança particular para a área. Nas áreas em que for preciso atravessar a rua, pedestres e ciclistas terão prioridade assegurada pelas “lombofaixas”, uma espécie de travessia elevada.

Segundo a Subprefeitura de Vila Prudente/Sapopemba, o projeto prevê ainda pistas de skate, quadras poliesportivas e uma horta comunitária.

Amanhã, a concessionária vai definir qual empreiteira tocará as obras de infra-estrutura. A vencedora terá um prazo de 2 a 3 meses para começar a construção.

Prometido para o final de 2007

A previsão é de que o parque esteja pronto no final do ano que vem. Por enquanto, a Sabesp finaliza o projeto executivo. Já a subprefeitura vai ajudar com obras de drenagem nas áreas contíguas ao parque, além de reconstruir vielas de acesso e remover famílias que moram em área invadida.

A criação de um parque no terreno por onde passa a adutora é uma antiga reivindicação da comunidade. No bairro onde vivem cerca de 300 mil pessoas, há pouquíssimas áreas verdes disponíveis para o lazer. Hoje, boa parte do terreno está tomada por mato e alguns pontos viraram depósito de lixo, como é o caso do número 9.000 na Avenida Sapopemba.

A população reclama que, além de pneus, sofás e animais mortos, os assaltantes costumam desovar carros roubados na área.

A Adutora Rio Claro começou a ser construída em 1922 e tem hoje 22 quilômetros de extensão somente na cidade de São Paulo – ela prossegue com mais 77 quilômetros na região metropolitana.

Na maior parte, a adutora de 2,5 metros de diâmetro fica enterrada, mas é possível vê-la em alguns trechos como na altura do número 6.000 da Avenida Sapopemba. Em média, 30 metros de cada lado da adutora são desocupados e devem abrigar os equipamentos previstos.