Kit humaniza revelação da doença para crianças com aids

Folha da Região/Araçatuba

qui, 04/06/2009 - 8h59 | Do Portal do Governo

A Secretaria de Estado da Saúde, por meio do CRT/Aids-São Paulo, desenvolveu um kit para humanizar o momento da revelação, para crianças com aids, de que elas são portadoras do vírus HIV. O ‘Kit Revelação Diagnóstica’ é composto por materiais cuidadosamente escolhidos, incluindo alguns brinquedos, que facilitam a compreensão, por parte das crianças, sobre a doença e sobre a importância do tratamento.

Em muitos casos, as crianças soropositivas foram contaminadas pela mãe, por meio da transmissão vertical. Dessa forma, desde muito pequenas elas já são obrigadas a conviver com a necessidade de medicação constante, ainda que não saibam a razão.

O momento e o modo de contar para as crianças que elas são soropositivas é sempre bastante delicado. Também há casos que as crianças acabam descobrindo sozinhas de qual doença sofrem. Podem, por exemplo, ver o medicamento que tomam em algum programa de televisão sobre o HIV e, assim, descobrirem que são soropositivas.

A experiência do CRT tem demonstrado que os pequenos pacientes conseguem compreender com mais facilidade sua doença na medida em que visualizam, por meio dos brinquedos, os mecanismos de ação tanto do HIV quanto dos medicamentos. Compartilhar as informações sobre a doença e seu tratamento é uma das tarefas que mais necessitam de atenção e estudos por parte dos profissionais da área da saúde.

Maleta

O kit é uma maleta contendo materiais que remetem a situações relacionadas à doença ou ao tratamento. São caixas de medicamentos, estetoscópio, miniaturas de pessoas e alimentos, “carinhas” com expressão de sentimentos e objetos simbolizando o vírus HIV, a doença, religiosidade, entre outros.

O paciente é convidado a retirar os objetos da maleta e comentar o que sente. “Como a abordagem não é direta, o paciente se sente mais livre para expressar o que está sentindo ou algo que possa estar atrapalhando o tratamento”, afirma a coordenadora do projeto, Tânia Regina Côrrea de Souza.