DANIEL GONZALES
Equipamento avança de dois a quatro metros por dia, com uma melhor precisão nas detonações e um ajuste mais correto da geometria do solo
Máquina que escava locais para colocar dinamite está sendo usada pela primera vez em uma obra da companhia, trabalhando cinco vezes mais rápido que o operários. Mais de 70 toneladas de rochas já foram detonadas Depois do Tatuzão, agora é a vez do Jumbo dar uma forcinha nas escavações da futura Linha 4 (Amarela) do Metrô. O apelido foi dado a uma máquina perfuratriz de rochas que, pela primeira vez, está sendo utilizada numa obra da companhia. Em toda a rede de Metrô de São Paulo, nunca um túnel foi escavado na rocha, como estão sendo feitos os da Linha 4.
Segundo o Metrô, trata-se de um equipamento de última geração, que trabalha orientado por marcações topográficas feitas com precisão no subsolo. Com base nelas, a máquina fura a rocha utilizando seus dois braços hidráulicos. Nesses furos são colocados explosivos para que sejam feitas explosões da rocha.
Antes da chegada da máquina, todo esse trabalho preparatório para as detonações era feito manualmente – e eram necessários quatro ou cinco homens para cada furo. Mas, com o Jumbo, os trabalhos são feitos com uma velocidade cinco vezes maior, com produção diária de cerca de 80 furos nos túneis. A esse ritmo, a escavação anda bem mais rápido, atingindo de dois a quatro metros por dia, com uma melhor precisão nas detonações e um ajuste mais correto da geometria do solo.
As escavações da Linha 4, cuja operação comercial da primeira etapa está prevista para dezembro de 2008, estão sendo feitas via três poços: os denominados Waldemar Ferreira e Ferreira Araújo, ambos em Pinheiros, e o Poço Pirajuçara, com 34 metros de diâmetro e 30 de profundidade, local em que ficará a futura Estação Butantã. As rochas detonadas nessas frentes de trabalho já somam um volume de 70 toneladas.
Na primeira etapa de operação, a Linha 4 terá extensão de 12,8 km totalmente subterrâneos e as Estações Butantã, Pinheiros, Faria Lima, Paulista, República e Luz. Circularão pelo trecho 14 trens. Na obra serão investidos R$ 2,95 bilhões – R$ 2,1 bilhões para a primeira etapa e R$ 850 milhões para a segunda .
