Folha de S.Paulo
Enquanto no Octógono, o espaço reservado à arte contemporânea, a Pinacoteca apresenta a jovem artista portuguesa Joana Vasconcelos, desde o último sábado, Júlio Pomar, um dos mais importantes pintores portugueses do pós-guerra, ocupa três salas expositivas do mesmo museu.
Desde 1953, Pomar tem participado de mostras no país, começando pela 2ª Bienal de São Paulo, realizada naquele ano.
Na mostra recém-inaugurada, o artista apresenta uma retrospectiva de sua obra com cerca de 40 trabalhos. “Busquei relacionar o percurso de Pomar à história da arte portuguesa”, conta Hellmut Wohl, curador da mostra.
Em suas obras de início de carreira, a temática social e política são bastante evidentes. “Naquela época, a abordagem social era uma prática comum, nós tínhamos muita influência, por exemplo, do muralismo mexicano”, disse o artista, nascido em 1926, durante a montagem da exposição.
Ao longo do percurso de sua obra, mesmo que a figuração seja constante, o social perde importância, tendência que Pomar explica recorrendo a uma citação de Pablo Picasso: “A pintura me obriga a fazer o que ela quer”.
A mostra reúne também obras que Pomar realizou no Brasil inspiradas em manifestações culturais como as cavalgadas de Pirenópolis (GO) e o Quarup, dos índios Xingu, realizadas nos anos 80.
JÚLIO POMAR Onde: Pinacoteca do Estado (pça. da Luz, 2, tel. 0/xx/11/3324-1000)
Quando: de ter. a dom., das 10h às 18h; até 18/5
Quanto: R$ 4 (entrada franca aos sábados)
