Itaquera vai ter shopping no metrô em 3 anos

O Estado de S. Paulo - 1/4/2003

ter, 01/04/2003 - 9h48 | Do Portal do Governo

Jô Pasquatto


Alckmin anuncia empreendimento da iniciativa privada em área que estava sem uso

O governador Geraldo Alckmin anunciou ontem a construção de um shopping anexo à Estação Corinthians-Itaquera do Metrô, na zona leste. Outros dois empreendimentos desse tipo já funcionam nas Estações de Metrô Santa Cruz, na zona sul e Tatuapé, região leste. No caso da Estação Itaquera, além do novo shopping, o local conta também com uma unidade do Poupatempo e um ponto de integração da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).

De acordo com o governador, as obras devem levar 36 meses e o início está previsto para o segundo semestre deste ano. A construção do Shopping Itaquera empregará cerca de 1.500 pessoas e, na segunda etapa, já durante o período de funcionamento do shopping, devem ser contratadas de 3 a 4 mil trabalhadores. O investimento é de R$ 57 milhões e a construção será executada pelo Consórcio Shopping Metrô Itaquera, vencedor da licitação para realizar a obra, administração e exploração por um prazo de 40 anos. Após esse período, o terreno, prédio e todo o investimento voltam para o Metrô de São Paulo.

‘Aqui já temos o metrô, a CPTM, o Poupatempo e agora, aqui ao lado, numa área de praticamente 12 hectares, 119 mil metros quadrados, num terreno muito bom, temos um shopping’, comentou Alckmin. ‘A vencedora da concorrência pública vai pagar 25% do aluguel de todas as lojas.’ Conforme o projeto, o shopping terá 151 lojas, 11 cinemas, um hipermercado e estacionamento para 2.800 carros.

Receita – Com a comercialização de áreas sem uso do Metrô, a companhia acabou tendo a possibilidade de aumentar a receita não-tarifária.

Segundo informações da Assessoria de Imprensa do governo, atualmente, os recursos não-tarifários representam 5,5% da receita total da empresa. Em 2002, esse valor alcançou R$ 32,2 milhões, aproximadamente. Há cerca de cinco anos o Metrô comercializa espaços nas estações para lojas – principalmente de roupas e jornais.

A Assessoria ressalta que esse tipo de comércio amplia o número de passageiros do sistema, ativa economias regionais e a geração de empregos, com cerca de 12.400 pessoas trabalhando nas lojas. (Agência Estado)