Investindo na integração dos transportes

Jornal da Tarde - Segunda-feira, 12 de setembro de 2005

seg, 12/09/2005 - 11h24 | Do Portal do Governo

As obras da Linha 2 do metrô são realizadas com recursos exclusivos do Tesouro do Estado, fruto dos impostos pagos pela população de São Paulo

Luiz Carlos David

O governo do Estado de São Paulo, nos últimos três anos, investe pesado na expansão da rede do metrô, com a construção simultânea de duas linhas,num total de 19,6 quilômetros e 15 novas estações. Essa iniciativa significa, até 2008, um acréscimo de 34% na extensão da rede metroviária e uma oferta de mais 1,2 milhão de lugares no melhor transporte público, preferido por 93% dos paulistanos (pesquisa da Associação Nacional de Transportes Públicos – ANTP).

Paralelamente, o governo promove a integração física e tarifária no transporte sobre trilhos, como a Integração Centro, na Estação da Luz, que possibilita ao passageiro, com um único bilhete, percorrer 57 quilômetros da rede do metrô e 270 quilômetros de linhas dos trens da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos CPTM. Hoje, os trens das linhas ‘C’ (Marginal do Pinheiros), ‘E’ (Expresso Leste) e ‘D’ ABC possuem carros modernos, dotados, inclusive, de ar condicionado.

O próximo passo, já firmado entre as administrações estadual e municipal, será a implantação, a partir de novembro, de um bilhete único para todo o transporte público – metrô, CPTM e ônibus. É um investimento de vulto, um passo importante para a melhoria dos transportes em São Paulo, mas que exige parceiros responsáveis, confiáveis, porque requer recursos estaduais e municipais.

As obras de ampliação do metrô vão levar a Linha 2 – Verde da Estação Ana Rosa até a futura estação Tamanduateí. São mais 6,8 quilômetros de linhas e cinco estações: Chácara Klabin, Imigrantes, Ipiranga, Sacomã e Tamanduateí. Em março de 2006 chegaremos às Estações Chácara Klabin, na Rua Vergueiro, e Imigrantes, na Avenida Ricardo Jafet. Em setembro, ao Ipiranga, na Rua Gentil de Moura. Em 2007, às Estações Sacomã e Tamanduateí, integrando os passageiros do ABC, da Linha ‘D’ da CPTM, ao metrô. Tenho que destacar que as obras da Linha 2 do metrô são realizadas com recursos exclusivos do Tesouro do Estado, fruto dos impostos pagos pela população de São Paulo.

A construção da Linha 4 – Amarela, da Vila Sônia, na região do Butantã, à Luz, no centro da cidade, com 12,8 quilômetros e 10 estações, já conta com 20 frentes de trabalho, ao longo de toda sua extensão, do Pátio de Vila Sônia à Estação da Luz. No próximo ano, a partir da Estação Faria Lima, na região do antigo Largo da Batata, em Pinheiros, vamos iniciar a montagem da máquina ‘shield’, conhecida como ‘supertatuzão’, para a perfuração de túneis duplos – para duas vias – sob o eixo da Rua dos Pinheiros, Avenida Rebouças, Rua da Consolação, Avenidas Ipiranga e Cásper Líbero, até atingir a Rua João Teodoro, local de retirada do equipamento. No próximo ano, os paulistanos terão de conviver com interdições de vias públicas para a construção de estações, como a Faria Lima, no Largo da Batata, Fradique Coutinho, na Rua dos Pinheiros, e República, na Praça da República. No entanto, agora, com as modernas técnicas construtivas, será possível reduzir de quatro para um ano os prazos de interdição.

São investimentos definitivos, duradouros, que vão ao encontro dos anseios da população e dos técnicos em transporte. São intervenções profundas na metrópole, fruto da visão de estadistas que não visam exclusivamente ao próximo embate eleitoral, mas sim elevar a qualidade de vida de todos os paulistanos.

Luiz Carlos David é engenheiro,
presidente do Metrô de São Paulo
e ex-secretário dos Transportes do Estado