Investimentos oficializados em SP triplicam em 2011 e somam R$ 6,59 bi

Segundo balanço da Investe SP, foram oficializados no ano 12 projetos. Valor total dos investimentos cresce 346% na comparação com 2010

qua, 04/01/2012 - 13h02 | Do Portal do Governo

G1

O total de investimentos de grandes empresas oficializado no estado de São Paulo mais do que triplicou em 2011, segundo balanço da Agência Paulista de Promoção de Investimentos e Competitividade (Investe São Paulo), serviço criado pelo governo para atrair investimentos ao estado. Foram oficializados 12 projetos no ano passado, totalizando R$ 6,59 bilhões em investimentos previstos, valor 346% superior ao do total de R$ 1,9 bilhão dos 6 projetos de novas fábricas anunciados em 2010.

Os maiores investimentos anunciados referem-se a projetos das brasileiras Vale, Gerdau e Duratex, da japonesa AGC e da coreana Samsung (veja tabela acima). Em 2010, as chinesas Chery e Sany, e a francesa Cebrace lideraram os  investimentos de novas fábricas anunciadas.

Os doze projetos anunciados no ano passado preveem a geração de de 4.985 empregos diretos e 8.166 indiretos.

“O resultado de 2011 é bastante satisfatório, tendo em vista que São Paulo disputa investimentos com outros estados e até países, e é uma confirmação que São Paulo lidera a preferência dos investidores, não só por ter mão de obra qualificada como também por dispor da melhor infraestrutura e ter um grande mercado consumidor”, afirma Sérgio Costa, diretor de investimentos e negócios da Investe São Paulo, que oferece consultoria gratuita às empresas interessadas em investir no estado.

Segundo ele, a crise internacional contribuiu por antecipar os investimentos de empresas estrangeiras em alguns casos. “Quem já tinha em sua estratégia a intenção de ampliar a presença na América do Sul, acelerou essa tromada de decisões para 2011”, diz Costa.

83 projetos em negociação
Para a Investe São Paulo, o cenário é de um total de investimentos ainda maior em 2012. Em janeiro de 2011, a Investe São Paulo tinha 75 projetos em carteira, somando R$ 16,7 bilhões. Atualmente, são 83 projetos em negociação, com investimentos que podem chegar a R$ 32,3 bilhões.

“O simples fato do valor de investimentos ser maior mostra que melhoramos a qualidade dos investimentos que vêm pra cá, investimentos concretos, de longo prazo, que envolvem instalação de empresas como também de centros de pesquisa e desenvolvimento, e que não irão embora na primeira crise”, afirma Costa.

Segundo o diretor, dos 75 projetos em carteira no início de 2011, 12 foram oficializados, 12 não avançaram e cerca de 50 continuam com grandes chances de se confirmarem em 2012.

Do total de novos investimentos em negociação com o governo do estado, 24% referem-se a projetos no setor automotivo. Em segundo lugar, estão os negócios na área de tecnologia da informação, com 9%, e, em terceiro, projetos de pesquisa e desenvolvimento, com 7%. Na sequencia, aparecem os setores de máquinas e equipamentos (6%), petróleo e gás (5%), siderurgia (5%) e metalurgia (5%).

“Notamos um crescimento importante de projetos na área de economia verde, petróleo e gás, indústria naval, e nas área de saúde,  biotecnologia e infraestrutura”, revela Costa, sem dar mais detalhes sobre as empresas que negociam com o governo incentivos para instalação de fábricas no estado.

No que diz respeito à origem dos investimentos, as empresas brasileiras continuam liderando os projetos em carteira na Investe São Paulo, mas as empresas estrangeiras representam 73% dos investimentos em negociação. Os Estados Unidos lideram a lista de países interessados em investir no estado, com 17% dos projetos, seguido pelo Japão (9%), Coreia do Sul (5%) e China (5%).

“Para 2012, nossa estratégia é usar uma mira laser, mapeando setores e empresas estratégicas para vender São Paulo como destino”, diz Costa. Para ele, nem mesmo a crise na Europa irá afetar o ritmo de investimentos estrangeiros no estado.

“Com a crise acentuada na Europa, as empresas têm de buscar receita onde o consumo está aquecido. Tivemos em 2010 e 2011 uma primeira leva de grandes empesas buscando se instalar por aqui, agora começa a surgir uma leva de empresas de médio porte e das empresas concorrentes das que se estabelecerem no Brasil para disputar o mercado doméstico”, completa o diretor da Investe São Paulo.