Um espaço que simula uma casa é uma das estratégias do serviço de reabilitação do Icesp (Instituto do Câncer do Estado de São Paulo Octavio Frias de Oliveira) para ajudar na readaptação do paciente à vida diária durante o tratamento contra o câncer.
No espaço, há itens como fogão, geladeira, espelhos, escovas de cabelo e roupas de cama, tudo para que o paciente “reaprenda” a executar atividades que fazia antes de se submeter ao tratamento.
Metade dos pacientes do serviço ambulatorial da reabilitação são mulheres que passaram por uma mastectomia -cirurgia para retirada da mama. Como a cirurgia também elimina alguns linfonodos, envolvidos na drenagem de líquidos do corpo, essas mulheres têm inchaços que podem comprometer movimentos do braço, além de dores e limitações na movimentação dos ombros.
Segundo os responsáveis, o objetivo é que as mulheres não abandonem suas tarefas e prazeres cotidianos, mas que possam modificar a forma de realizar essas atividades. O atendimento é feito por profissionais como fisiatras, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais e psicólogos.
“A ideia é que elas possam simular as atividades diárias para poder executá-las com independência e segurança”, explica a fisiatra Christina Brito, coordenadora da reabilitação do Icesp. “O trabalho ajuda no retorno à vida diária”, diz ela, lembrando que a reabilitação começa ainda durante a internação.
Além dessas pacientes, o espaço atende pessoas que sofreram amputações ou que têm dificuldades de mobilidade. O serviço faz cerca de 1.300 atendimentos por mês.