Folha de S.Paulo
O Instituto do Câncer de São Paulo Octavio Frias de Oliveira e o Hospital A.C. Camargo (antigo Hospital do Câncer) assinam hoje um convênio técnico-científico para o desenvolvimento de ensino, pesquisa e assistência em câncer.
Na prática, a parceria possibilitará que os profissionais das duas das maiores instituições oncológicas de São Paulo ampliem o número de estudos clínicos sobre diversos tipos de tumores -os mais freqüentes e os que afetam um número limitado de portadores.
Nas próximas semanas, o Instituto do Câncer também fechará parceria com o hospital Sírio-Libanês, que doará à instituição um Ciclotron -um equipamento que produz radioisótopos, partículas que se acumulam na célula cancerosa-, avaliado em R$ 7 milhões, segundo o diretor-geral do instituto, Giovanni Guido Cerri.
Essa linha de pesquisa, que envolve estudos com uma técnica de diagnóstico por imagem (“molecular imaging”), é inédita na América Latina e permite investigar o câncer na fase molecular, antes de o tumor aparecer. Segundo Cerri, a parceria com o A.C. Camargo é a primeira com uma instituição que já desenvolve pesquisas oncológicas e atende pelo SUS -por ser uma entidade filantrópica, 60% dos atendimentos do hospital são da rede pública.
O foco dos novos estudos, frutos da parceria, serão os tumores de cabeça, pescoço, mama, intestino e melanoma.
Na área de assistência, O Instituto Octavio Frias de Oliveira e o A.C. Camargo vão oferecer juntos 800 leitos oncológicos para os pacientes do SUS.
Inaugurado em maio, o Instituto do Câncer de São Paulo realizou no primeiro mês de operação 2.500 consultas e 1.300 sessões de quimioterapia.
