A entrega da reforma do Centro do Pescado Marinho consiste em uma das tentativas do Estado de aumentar o volume de sua produção pesqueira — no ano passado, a menor desde 1967 — e aumentar o valor do pescado ‘‘em até 20% ou 30% de seu valor médio’’, segundo o diretor da instituição, Lúcio Fagundes.
O Instituto de Pesca recebeu, ontem, os laboratórios de Biologia Pesqueira, Tecnologia do Pescado e Maricultura. Ali, serão ampliados a pesquisa científica e o controle dos níveis de higiene do pescado. São Paulo é o sétimo maior importador e exportador nacional do produto.
A diretora da Unidade Laboratorial de Tecnologia do Pescado do Instituto de Pesca, Cristiane Neiva, declarou que a iniciativa representa o início de um projeto de ‘‘caracterização higiênico-sanitária da cadeia do pescado na Baixada Santista’’.
Com base em planejamento e pesquisa, os órgãos de inspeção sanitária federal, estadual e dos municípios locais buscarão ‘‘trabalhar em busca de uma legislação mais adequada e mais completa quanto a produtos de pescado’’.
Estímulo
Segundo o diretor do Instituto de Pesca, Édson Kubo, outro estímulo à atividade é a elevação de investimentos no processamento do pescado continental — retirado de água doce.
Paralelamente, o secretário estadual de Agricultura e Abastecimento, Alberto Macedo, declarou que se estudam novas tecnologias para o aproveitamento do pescado.
‘‘Um exemplo é a polpa de peixe, que era descartada. Com seu uso, podemos melhorar a qualidade alimentar, baixar o preço da comida e melhorar sensivelmente o ganho do pescador’’, afirmou.
O governador Cláudio Lembo comentou que, na quinta-feira, em Guarujá, conversou com o presidente Luiz Ignácio Lula da Silva (PT) sobre a situação do Terminal Pesqueiro Público de Santos (TPPS) e se disse disposto a ajudar a resolver seus problemas estruturais. Está em andamento uma licitação para que o complexo seja submetido a uma reforma emergencial.