Processo para selecionar professores oferece, além da estabilidade, chances de especialização no exterior
Karina Lignelli
É hora de intensificar seus estudos: a partir desta quinta (11), estarão abertas as inscrições para o tão esperado concurso da Secretaria de Estado da Educação de São Paulo.
Nele, serão oferecidas mais 15 mil vagas em Magistério, para professores licenciados em Pedagogia, ou que cursaram o Programa Especial de Formação Pedagógica, e também os que têm licenciatura em Educação Física e em Filosofia.
Todos os aprovados darão aulas para classes de Educação Básica I e II (1ª a 4ª série e 5ª a 8ª) e também para o Ensino Médio, em unidades de ensino espalhadas por todo o Estado de São Paulo. A prova, que será realizada em setembro, terá caráter eliminatório. Depois disso ainda haverá um exame de avaliação de títulos dos que foram aprovados na 1ª fase.
Segundo o secretário da Educação Gabriel Chalita, o concurso se antecipa à Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), que exige que em 2006 todos os professores de Educação Básica I tenham no currículo a formação superior.
‘Os professores desse nível de ensino em geral puderam se formar dentro do Programa de Formação Universitária oferecido pela secretaria, e hoje não há nenhum professor efetivo que não tenha formação universitária’, explica Chalita.
O objetivo, segundo o secretário, é que o concurso reduza ainda mais a porcentagem de professores temporários em São Paulo devido à realização constante desse tipo de seleção. ‘Hoje, o Estado tem o menor número de professores não-concursados no Brasil’, diz.
Ele ainda frisa que, quem for temporário terá a mesma chance que os outros candidatos. ‘Só que eles contabilizam as vantagens adquiridas caso passem no concurso: conta o tempo de serviço para efeito de gratificações, e ainda é possível escolher o local de trabalho.’
Outras vantagens
Sônia Maria Silva, que comanda a Coordenadoria de Estudos e Normas Pedagógicas da Secretaria da Educação, conta que existem muitas outras vantagens para o professor com a realização de concursos, sem contar a oportunidade de temporários se tornarem efetivos.
‘Além da estabilidade, há chance de ter uma vida mais tranqüila, sem aquela incerteza de lecionar em uma escola muito distante do local onde mora’, diz. ‘E mais: o efetivo ainda pode participar de programas que o temporário não pode, como conseguir financiamento para comprar computador, e se especializar através do Bolsa-Mestrado, que leva professores para Londres ou Salamanca, na Espanha’, informa.
Mas o maior ganho, segundo ela, é em resultados pedagógicos. ‘Ele terá contato com novas teorias, se atualizará e ainda criará vínculo e compromisso com a escola, pois ficará um longo tempo nela’, finaliza.
