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HOSPITAIS PÚBLICOS TÊM PROGRAMAS GRÁTIS DE REPRODUÇÃO HUMANA ASSISTIDA. SAIBA ONDE BUSCAR AJUDA E QUAIS SÃO OS TRATAMENTOS USADOS
Casais que não conseguem ter filhos têm à sua disposição atendimento gratuito em hospitais públicos e centros universitários. Entre as unidades de saúde que oferecem o tratamento da infertilidade estão o Setor Integrado de Reprodução Humana da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), a Clínica de Infertilidade Conjugal da Santa Casa, o Setor de Reprodução Humana do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto e o Cemicamp (Centro de Pesquisas Materno-Infantis de Campinas) da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas).
Para receber atendimento do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto, é necessário ter encaminhamento do SUS (Sistema Único de Saúde).
Os casais passam por uma triagem e devem fazer uma série de exames para que seja recomendado o melhor tratamento. “Entre os fatores avaliados, estão a idade do casal, a ovulação da mulher, a qualidade do sêmen do marido, e se existe incompatibilidade muco-sêmen ou aderência pélvica”, diz o médico Renato Fraietta, coordenador do Setor Integrado de Reprodução Humana da Unifesp.
Tsutomu Aoki, ginecologista da Santa Casa, lembra que as opções de tratamentos disponíveis são variadas. “Existem opções clínicas que são mais baratas e também apresentam bons resultados, como regular a ovulação feminina. Há também a possibilidade de fazer a reversão da laqueadura ou da vasectomia, cuja garantia de gravidez é bem alta. Só recorremos à inseminação artificial ou à fertilização in vitro em último caso.”
Se a indicação for pela inseminação ou pela fertilização in vitro, o casal deverá custear os hormônios utilizados na estimulação da ovulação, que têm custo elevado, pois não são fabricados no Brasil, o que pode chegar a R$ 6.000. Ainda assim, os gastos são bem inferiores aos de uma clínica particular, que pode cobrar R$ 50 mil pelo bebê de proveta. As chances de gravidez são de 20% a 30% no caso da inseminação artificial e de 50% a 60% no caso da fertilização in vitro. (Ana Beatriz Paschoal)
