Da Sucursal
Os índios que habitam aldeias na Baixada Santista e Litoral estão na expectativa da implantação de projetos sociais destinados a garantir sua subsistência e a manutenção de sua cultura e tradições.
Uma dessas iniciativas está partindo da Companhia de Desenvolvimento Habitacional Urbano (CDHU). Por intermédio de parcerias com as prefeituras, o órgão está construindo moradias populares de acordo com as tradições das comunidades indígenas.
No Litoral Sul, serão construídas 111 moradias, sendo 46 em Mongaguá (13 na Aldeia Itaóca e 33 na Aldeia do Aguapeú); 35 em Itanhaém (Aldeia do Rio Branco) e 30 em Peruíbe (Aldeia do Bananal).
O investimento previsto para essas três cidades é de cerca de R$ 2 milhões.
Também serão construídas residência em Ubatuba, no Litoral Norte (50 unidades na Aldeia Boa Vista) e em Itariri, no Vale do Ribeira (12 moradias na Aldeia do Rio do Azeite e 10 na Aldeia do Capoeirão).
Integrante da Região Metropolitana da Baixada Santista, Peruíbe saiu na frente com a aprovação, pela Câmara, do projeto de lei que autoriza a Administração Municipal a firmar o convênio para construção de 30 casas na Aldeia do Bananal, localizada na zona rural, com acesso pela Estrada Armando Cunha. O projeto está orçado em R$ 735 mil.
O gerente regional da CDHU, Raul Christiano Sanches, explicou que os convênios dependem das prefeituras para serem viabilizados.
‘‘Nós temos acompanhado de perto as negociações. Todas as prefeituras demonstraram interesse no projeto, porque garante condiçoes dignas de moradia para a comunidade indígena.
Quatro tipos
Segundo Raul Christiano, são oferecidos quatro tipos de moradias, para serem escolhidas pela própria comunidade da aldeia. Cada casa terá, em média, 47 metros quadrados, com estrutura de madeira e alvenaria e, em alguns casos, com telhado de sapê.
Enquanto aguardam os anunciados investimentos no setor habitacional, os índios do Litoral Sul também esperam por obras de esturutura no sistema viário de acesso às aldeias. Em Itanhaém, a estrada que leva à Aldeia do Rio Branco permanece em estado precário de conservação.
