Índices de criminalidade voltam a cair em São Paulo

Homicídios dolosos baixaram 19,48% em 2007 na comparação com o ano anterior

sex, 01/02/2008 - 16h12 | Do Portal do Governo

Folha de S. Paulo

Os principais índices de criminalidade no Estado de São Paulo mantiveram tendência de queda e quase todos os indicadores de violência de 2007 foram melhores que os do ano anterior. Os homicídios dolosos (com intenção), por exemplo, caíram 19,48% em comparação a 2006.

Os dados do último trimestre do ano passado foram apresentados ontem pelo governo do Estado, que já faz projeções de “Primeiro Mundo” para 2008 -nos casos de homicídio.

Isso seria uma taxa de um dígito para cada 100 mil habitantes -hoje são 12 casos.

“Considerando que todas as condições se mantenham, chegaremos ao final do ano com 8,8 ou 8,9 [casos por 100 mil habitantes]”, afirmou o sociólogo Túlio Kahn, que apresentou os números pela Secretaria da Segurança Pública.

São Paulo fechou o ano com 4.877 homicídios, contra 6.057 do período anterior. Foi o 25º trimestre seguido de queda. Em comparação a 1999, ano de pico de homicídios, com 12.818 registros, a redução chega a 62%. “O que Bogotá [Colômbia] conseguiu em dez anos, nós conseguimos em sete”, vangloriou-se Kahn.

O Estado ainda comemorou a queda de 10,42% em roubos de veículos: passou de 72,778 mil, em 2006, para 65,192 mil no ano seguinte. Nessa mesma linha, os furtos passaram de 111,021 mil no ano retrasado, para 98,345 mil em 2007.

Já em roubos de outros objetos -de carteira a Rolex-, a notícia não foi favorável. O ano recém-terminado apresentou um crescimento de 1,7%: foram registrados no Estado 217,201 mil casos contra os 213,476 mil do período anterior.

Um dos motivos apresentados por Kahn para esse quadro favorável de 2007 foi o bom trabalho da polícia.

De acordo com os números disponibilizados pelo governo, a quantidade de prisões efetuadas nos 12 meses de 2007 cresceu 14%: chegou a 103,728 mil, entre flagrantes e mandados de prisão, contra 90,915 mil do período passado.

Para o sociólogo, o fato positivo é que esse trabalho utilizou planejamento e inteligência, e não foi acompanhado da letalidade da polícia.

Em 2006, ano em que o Estado sofreu ataques de uma organização criminosa e houve reação da polícia, 495 pessoas foram mortas em supostos confrontos com a PM. No ano seguinte foram 377 casos.