Indaiatuba terá estação para monitorar ventos

Correio Popular - Terça-feira, dia 4 de julho de 2006

ter, 04/07/2006 - 11h26 | Do Portal do Governo

Em 2005, cidade foi atingida por tornado que causou prejuízos de R$ 97 milhões

Lígia Moreli

DA AGÊNCIA ANHANGÜERA

ligia.moreli@rac.com.br

Indaiatuba, que em maio do ano passado viveu o verdadeiro caos, após ser varrida por ventos de 140km/h, vai ganhar uma estação meteorológica. O município contará, até o final do ano, com uma unidade chamada de Climateca, que deverá monitorar ventos de dois a dez metros de altura na própria cidade.

Apesar de não possuir a tecnologia necessária para prever a chegada de tornados como o que devastou o município em 2005, a estação deverá auxiliar na medição de chuvas e ventos e contribuir para a formação de uma rede de emergência com estações meteorológicas existentes em outras cidades da região.

Segundo a Defesa Civil de Indaiatuba, os equipamentos, que são importados, custaram cerca de US$ 12 mil e foram adquiridos por meio do governo estadual. A estação deverá funcionar graças a um convênio entre a Prefeitura e o Centro Integrado de Informações Agrometeorológicas (Ciiagro) do Instituto Agronômico de Campinas (IAC).

De acordo com o coordenador da Defesa Civil de Indaiatuba, Roberto Carlos de Siqueira, a estação deverá funcionar em uma área de 70 metros quadrados no Paço Municipal. O sistema, que é computadorizado, conta com seis sensores para realização de medições de velocidade e direção de ventos de dois a dez metros de altura, de precipitação pluviométrica, de temperatura e umidade do ar, de umidade do solo e de pressão atmosférica.

“Até hoje, toda e qualquer informação como velocidade de vento e chuvas a gente tomava como base Campinas. Nós temos um pluviômetro, mas ele é manual e a medição é feita só no período de 24 horas. Agora, teremos informações mais precisas”, afirmou Siqueira.

De acordo com o coordenador da área de Agrometeorologia do IAC, Orivaldo Brunini, atualmente, na região existem estações meteorológicas como esta em Campinas, Limeira, Sumaré, Nova Odessa, Piracicaba, Bragança Paulista, Monte Alegre do Sul e Vargem Grande do Sul. Campinas, por meio do IAC, coleta dados de 52 estações no Estado de São Paulo.

Brunini disse que há expectativa da instalação de outras 19 estações meteorológicas no Estado, oito delas a serem implantadas a partir do segundo semestre deste ano na região com recursos do Fundo Estadual de Recursos Hídricos (Fehidro), por meio de projeto do Comitê das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí.

Para o coordenador de Defesa Civil Regional e diretor da Defesa Civil de Campinas, Sidnei Furtado, apesar da Climateca não ter condições de prever um tornado, sua implantação será importante para a formação de uma rede de emergência. “A região de Indaiatuba não tinha nenhuma estação como esta, então é fundamental neste sentido. A idéia é que todos os municípios que têm estas estações formem uma rede de alerta que a gente já está estabelecendo”, explicou.